Com extrema aplicação,
como quem escreve um poema,
compõe o pintor a sua paleta.
Primeiro os brancos, com que inventa os navios. Logo
os amarelos, imenso campo de trigo.
Com os vermelhos,
hasteia uma bandeira. Enquanto
os azuis cumprem o destino do vento.
Com o verde
preenche a alegria das folhas.
E os castanhos são
a pele húmida dos montes.
Finalmente o preto.
Com ele escreverá
apenas a palavra liberdade.
Emanuel Félix
(Poeta açoriano 1936-2004. Este poema foi escrito em Paris, algures no ano de 1979)
1 comentário:
Belamente gráfico!
Obrigada pela partilha!
:)
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