(Foto retirada daqui)
Cabisbaixo, de olhar fixo no chão frio do aeroporto, lá andava ele. De lá para cá. De cá para lá, alheado de tudo o que se passava em seu redor. A mera retribuição do desprezo que lhe ofereciam aqueles que não demoravam a olhá-lo.
Numa mão um saco gasto, opaco, com os seus poucos pertences e na outra um pequeno rádio a pilhas que, certamente, será o único elo de ligação com este mundo que o despejou.
É apenas mais uma noite que se demora. Uma noite fria mas não tão fria quanto a bagagem sentimental que lhe servirá de companhia... Um passado que lhe deu como presente a rua como lar.
Foi a primeira vez que o vi. Talvez seja, também, a última.
A desumanidade tem rosto!
Não um. Muitos!
2 comentários:
Infelizmente a rua é o lar de demasiadas pessoas:(
Til:
Infelizmente está é mesmo a mais dura das realidades que parece estar em expansão :(
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