quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Princesa, de Rute (in: www.olhares.com)


Não... Não posso deixar que entres sem bater à porta... Esbarres naquilo que sou hoje... E mines as minhas (poucas) convicções, firmadas pelos acontecimentos dos últimos meses...

Deixa-me continuar a juntar todos os pedaços de mim, um a um, aqueles que estão espalhados pelo chão do meu quarto, e com eles construir o meu castelo...

Deixa-me sonhar e viver um conto de fadas com o meu cavaleiro errante... Aquele que ousou parar, retirar a armadura de ferro e olhar bem no fundo do meu ser a fim de me descobrir ao mesmo tempo que se dava a conhecer... sem pressas... ao contrário de ti que desapareceste, partiste para parte incerta, sem (ao menos) te despedires... sem dizeres porque foste embora...

Não me tentes impedir de (re)descobrir o amor nas pequenas coisas:
Num gesto, num olhar, num sorriso, num poema partilhado, num silêncio cúmplice... dia após dia...


quinta-feira, 24 de setembro de 2009

(Re)Encontros

Clones, de Eduardo Nunes (in: www.olhares.com)

A vida mostra-se-nos tão imprevisível que, não raras vezes, damos de caras com pessoas que pensávamos perdidas algures, no trilho já percorrido até o momento presente.
Foi o que me aconteceu esta semana...
De repente, estavas à minha frente, a sorrir, aparentemente feliz pelo reencontro...
Eu também o estava, confusa (novamente) ao me aperceber que, na minha mente, foram abertas uma série de gavetas com recordações, de acontecimentos passados, envoltas em pontos de interrogação...

O mais estranho é que pareço ainda não ter desprendido de mim aquela sensação de que o tempo parece não ter passado (entre nós)... Aliás parece ter sido preenchido, não do aparente vazio que se instalou quando seguimos caminhos paralelos, mas de um misto de proximidade, complementaridade e de crescimento mútuo...

Mais estranho ainda é que o (nosso) passado e o recente (re)encontro do presente ainda não me saíram do pensamento...



domingo, 6 de setembro de 2009

Apeteceu-me..., de Rita Teixeira (in: www.olhares.com)

Esquecemo-nos do que é esperar; é quase um espaço abandonado.
E, no entanto, o nosso maior tesouro é o de sermos capazes de esperar pelo momento certo.
Toda a existência espera pelo momento certo.
Até as árvores o sabem, quando chega o momento de florescerem e quando chega o momento de deixarem cair as folhas e ficarem despidas. Continuam bonitas nessa nudez, com a confiança de que a velha folhagem se foi e de que a nova em breve chegará, quando novas folhas começarem a crescer.