quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Vidas paralelas

(Foto retirada daqui)

Cabisbaixo, de olhar fixo no chão frio do aeroporto, lá andava ele. De lá para cá. De cá para lá, alheado de tudo o que se passava em seu redor. A mera retribuição do desprezo que lhe ofereciam aqueles que não demoravam a olhá-lo. 

Numa mão um saco gasto, opaco, com os seus poucos pertences e na outra um pequeno rádio a pilhas que, certamente, será o único elo de ligação com este mundo que o despejou. 

É apenas mais uma noite que se demora. Uma noite fria mas não tão fria quanto a bagagem sentimental que lhe servirá de companhia... Um passado que lhe deu como presente a rua como lar. 

Foi a primeira vez que o vi. Talvez seja, também, a última. 
A desumanidade tem rosto! 
Não um. Muitos! 




quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Autoconhecimento (1)

(Foto retirada daqui

"Quem olha para fora, sonha. 
Quem olha para dentro, desperta." 

Carl Jung

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

(Des)encontros!

(Foto retirada daqui)

Não há como nos encontrarem se estivermos desencontrados de nós mesmos! 
Quando nos encontramos, as coisas começam a fazer sentido. Somos capazes de encontrar as respostas às perguntas que nos surgem. Vemos com clareza. Conseguimos legendar o que sentimos num determinado momento. Abrimos os braços e estamos disponíveis para agarrar as oportunidades que nos alimentam o brilho no olhar! 


Quando não nos sentimos capazes de o fazer é o sinal mais evidente que, algures, nos desencontrámos de nós próprios. Deixamo-nos de ouvir, de perceber, de conseguir estabelecer um diálogo interno verdadeiro. Por isso, é tão necessário parar, de vez em quando, para nos sincronizarmos e, de seguida, quando sentirmos que tudo está bem, prosseguir viagem! 



Em qualquer que seja a viagem, as paragens deviam ser obrigatórias! 


terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Nós e o olhar dos outros...

 
[foto retirada daqui]

Quantas vezes fomos surpreendidos por comentários de outros a nosso respeito, com os quais não nos identificámos?
Muitas vezes...possivelmente (quase) sempre! Porque a forma como nos vemos não é necessariamente a mesma com que nos vêem. 

Cada um de nós pressupõe uma série de caraterísticas em relação ao outro (ainda desconhecido) apenas tendo por base o pouco que se sabe ou simplemente com aquilo que julgamos ver ou é suposto pelo que sabemos da idade, a profissão, a proveniência, a forma como se veste ou age perante uma determinada situação... e serão essas primeiras impressões que irão orientar o que viermos a ver no outro. 

Se, por um lado, construimos a perceção dessa pessoa com base nesses pressupostos, alguns deles aparentemente irrefutáveis e inquestionáveis, por outro lado, é essa multiplidade de olhares e perceções que, por vezes, promovem o conhecimento de nós próprios. 

É importante percebermos que mensagem transmitimos aos outros e receber esse feedback pode ser uma excelente forma de nos analisarmos e crescermos, reforçarmos a nossa personalidade e até nos surpreendermos positivamente e sentirmo-nos melhores pessoas.

Mas para tudo há um senão... Nem sempre esses olhares externos nos fazem crescer e, quando isso acontece, geram desconforto e colocam-nos numa situação de constante ambiguidade. Sobretudo quando sabemos que não somos como nos vêem e que, possivelmente, nunca o seremos! Mais difícil se torna esta situação quanto mais nos sentimos empurrados para a necessidade de optar por uma das vias possíveis: representarmos o papel que nos atribuíram (para não levantarmos suspeitas e correspondermos às expectativas) ou, pelo contrário, assumirmo-nos sabendo de antemão que isso nos poderá trazer dissabores... porque ninguém gosta de se sentir desiludido e muito menos ver essa desilusão no olhar dos outros...

 

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Esperar...

(Foto retirada daqui

"Esperar não é perder tempo, 
mas sim acreditar 
que há um tempo determinado para todas as coisas".

sábado, 15 de novembro de 2014

Se me aproximar...



Se me aproximar devagar será que vais fugir?
Ou se vou conseguir mais um tempo ao teu lado?
Para te entreter mais um pouco ou te fazer sorrir,
para ti ou pelo sonho vamos, juntos viajar.
Medo é desculpa em leve chuva
e querer morrer de amor não é história de outro tempo.
Mas se formos novos de novo,
Mas se formos juntos, vamos poder respirar!

Se me desculpar, entretanto, será que vais passar?
se fingir não querer
pode ser que não te entregue esta leve dor em tom de chuva
por não querer fugir
por ti ou pelo sonho não consigo desprender
medo é fraqueza como nuvem
e querer morrer de amor nunca é história de outro tempo
Mas se formos novos de novo,
mas se formos juntos, vamos poder respirar!

[Tiago Bettencourt & Márcia]

***
A banda sonora ideal para um dia de chuva!
***

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

"Mãe, se eu não gostar..."

[foto retirada daqui]

As coisas já não são como eram! Arrisco-me, agora, a parecer a senhora idosa dos anúncios publicitários que diz "Eu ainda sou do tempo..." para dizer que eu sou do tempo em que tinha de saber lidar com aquilo que não gostava... por muito que me esmerasse na argumentação, não havia forma de demover os meus pais de me pouparem àquilo que não gostava...

Hoje em dia as crianças mudaram, mas os pais também! Hoje as crianças frequentemente questionam os pais dizendo "Oh mãe/pai se eu não gostar posso deixar de ir... posso não fazer mais?" e os pais, talvez incapazes de negar um pedido feito com tanta lábia ou ainda traumatizados com os "nãos" que ouviram na sua própria infância lá vão sendo coniventes...
As crianças bem acham que vão levando a melhor, criando o seu mundo feito apenas de coisas boas, daquelas que gostam. Que mais poderiam querer? De fora ficam todas as restantes que aborrecem, não são apetecíveis, que incomodam ou que causam desgosto. Pior é que o mundo real é bem diferente daquele que idealizamos e há coisas boas e más em proporções muito semelhantes. 

Dou por mim a pensar que, nos meus tempos de criança, sempre que era confrontada com alguma situação que não me era agradável (fosse comer algo que não apreciava de todo ou atender o telefone que para mim era uma completa tortura, nesse tempo), dava por mim a dizer-me a mim mesma que me tinham calhado na rifa os piores pais do mundo.

Hoje em dia, com o tempo e as experiências vividas que se acumulam e me distanciam desse tempo, dou por mim a perceber que essa foi uma grande lição de vida. E digo isso porque sei que é bem mais fácil lidar com o que nos sabe bem ou nos dá a sensação de felicidade, pior mesmo é conseguir digerir as desilusões da vida: fazer o que não se gosta, lidar com pessoas com quem não empatizamos, experienciar situações que nos são embaraçosas e nos causam ansiedade e desconforto. 

E como não existem fórmulas perfeitas para lidar com isso, cada um de nós vai trilhando esse caminho à sua maneira e encontrando as suas estratégias para seguir em frente - como se de uma corrida de obstáculos se tratasse, com pontos altos e baixos, e na qual é inevitável, à partida, deixar de incluir possíveis quedas ou contratempos...

A vida é mesmo assim... Não podemos escolher apenas um lado da vida, aquele que tem cor e nos sentimos confortáveis. Há que aprender a sobreviver aos dias cinzentos e frios. Não há como evitar...

Por isso minha menina "se não gostares, não podes evitar... mas sim aprender a lidar com isso! Um dia serás capaz de me dar razão mesmo que hoje só te apeteça odiares-me!"

E quanto mais cedo começares melhor...
Eu também terei de lidar com isso!

terça-feira, 30 de setembro de 2014

Aquela dúvida

[foto retirada daqui]

Há momentos em que apenas nos restam duas opções: 
insistir ou desistir...

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

E agora?


"... O que será de mim? (...) Não quero que te percas por aí..."


sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Constatações

(Foto retirada daqui

A mais certa das verdades é que as pessoas reagem de forma diferente à MUDANÇA! 
Alguns ambicionam-na mas não têm coragem suficiente para a tornar real, outros vivem em constante mudança e é esse o segredo para a sua felicidade - o desafio da adaptação e a consciência da importância da transformação no seu desenvolvimento enquanto pessoas e profissionais. 
Por outro lado, há quem "se coloque a jeito" enquanto que outros conhecem a mudança como uma imposição. 

Independentemente da forma como a mudança surge nas nossas vidas o que mais importa é a atitude que assumimos face à mesma! Hoje tive a prova disso mesmo! E é surpreendente aquelas pessoas que a encaram, com um sorriso no rosto, como um desafio, cheias de uma energia positiva que é difícil ficar indiferente. Certamente, por detrás desse sorriso, há uma ligeira insegurança, ou talvez ansiedade, mas também há a oportunidade de sonhar com a sensação boa que é sentirmo-nos capazes de enfrentar o desconhecido, assumir os riscos e ainda nos sentirmos recompensados por agirmos fora da nossa zona de conforto. Admiro tanto estas pessoas que faço os possíveis para as guardar na minha memória pois são realmente uma inspiração! 

Confesso que, por vezes, me custa encarar a Mudança como um desafio pois a zona de conforto, em alguns momentos da nossa vida, é o que mais precisamos para nos prepararmos para ela... Precisamos de estar sossegados para nos reconstruirmos efetivamente! 

O que percebi hoje é que há pessoas que, ao contrário das primeiras, vêem a Mudança como uma fatalidade e, com as lágrimas nos olhos, evocam mil e uma razões para reforçarem a ideia de que são as pessoas mais azaradas de todo o universo. E é mesmo difícil fazer ver-lhes que nada tem de ser visto apenas por uma perspetiva negativa. Mas é tão difícil (para não dizer impossível) arrancá-las desse registo melodramático que, pouco tempo depois, nos começamos a sentir puxados por uma força invisível que nos suga a boa energia e nos deixa apáticos! 

O que fazer? Estará realmente (também) nas nossas mãos ajudá-las a perceber que há mudanças que vêm por bem e nunca ficamos totalmente a perder com elas? Ou será que devemos respeitar a opção de enfiarem a cabeça na areia em vez de se concentrarem na luz ao fundo de um túnel? 

Estou cada vez mais convencida que somos os únicos responsáveis pelos resultados que colhemos das nossas opções, por isso também somos os únicos responsáveis pela atitude que assumimos perante qualquer acontecimento das nossas vidas, implique mudanças ou não... Pelo que (infelizmente) pouco nos resta quando alguém decide ser o seu próprio obstáculo à Mudança! 

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Quero(-te)...


[foto retirada daqui]

“És a melhor maneira de viver. Podia dizer-te que te quero por tudo o que és. Mas estaria a mentir. Quero-te por tudo o que sou contigo. Quero-te pelo que sou. Porque me sinto, em ti, a pessoa que quero ser. És a minha melhor maneira de viver. Quero-te por egoísmo. É isso. Quero-te por egoísmo. 
Espero que me queiras pelo mesmo motivo.”



Pedro Chagas Freitas, in "Prometo falhar"



terça-feira, 1 de julho de 2014

Que pressa é essa?

(Foto retirada daqui

E não é que já estamos em Julho e eu pergunto-me como é possível que o tempo se tenha consumido tão depressa?! Ainda ontem estava eu e pensar, positivamente, num 2014 prontinho a estrear e já passei metade do calendário!! Para onde vais tu com tanta pressa...Oh 2014? 

sábado, 7 de junho de 2014

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Razão vs Emoção

[foto retirada daqui]

"Razão e Emoção não são independentes nem antagónicas. 
A Razão aninha-se na Emoção e confia nela. 
A Emoção atribui um valor às coisas, 
e a Razão só pode fazer escolhas com base nessas valorações. 
A mente humana é capaz de pragmatismo porque, no fundo, é romântica!"

David Brooks

domingo, 18 de maio de 2014

O (meu) próximo passo...

[foto retirada daqui]

Há dias entediantes e pessoas que, definitivamente, nada nos dizem e com quem não nos identificamos! Mas, como em tudo, há sempre o outro lado da questão e, efetivamente, existem dias memoráveis, que só se materializam com a presença de pessoas fantásticas!

Descobri com o voluntariado que existem pessoas fantásticas e não há nada mais inspirador do que se partilhar uma paixão e uma mão cheia de motivos para agir.

Com eles tenho aprendido:
... a olhar o mundo também pelos olhos deles, 
... a ser mais disponível para compreender a diferença, 
... a entender a comunicação como a melhor forma de encurtar a distância entre duas pessoas, 
... a ultrapassar limites, quase sempre, olhando a novidade como um desafio,
... a gerir o medo e a adrenalina de abandonar a minha zona de conforto,
... a encontrar um plano B sempre que o primeiro falha, 
... a vestir, orgulhosamente, a camisola por uma causa em que acredito,
... a acreditar que pequenos passos podem levar-nos a grandes mudanças, 
... a valorizar a simplicidade, 
... a sorrir genuinamente,
... a sentir-me cheia com um simples sorriso de pessoas que nem sequer conheço e que não sabem o bem que me fazem, 
... a entender o verdadeiro sentido do companheirismo, da amizade e da partilha,
... a importância de transmitir boa energia para a receber de volta,
... a descobrir emoções à flor da pele, nas situações mais inesperadas, e aprender a gerir isso!

E, depois de ontem, eu sei que o (meu) próximo passo será, sem dúvida, transpor as melhores aprendizagens de toda esta experiência para a minha vida pessoal e viver a vida como ela tem de ser vivida - com paixão!

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Investe...

(Foto retirada daqui

... Em quem investe em ti! 

terça-feira, 13 de maio de 2014

Questionamento

[foto retirada daqui]

Há dias em que dou por mim a sentir uma pontinha de inveja (confesso!) daqueles que não parecem sentir necessidade de se auto-questionarem, de olharem para dentro de si mesmos de modo a encontrar respostas que contribuam para um maior entendimento daquilo que foram, o que são e como pretendem ser num futuro mais ou menos próximo. 

Há momentos em que essa é uma tarefa ingrata, como se desenrolássemos um novelo e déssemos conta de um emaranhado de nós, alguns difíceis de desatar. 

Uns quantos até parecem impossíveis de desatar, se não formos demasiado persistentes e dedicados para os dissolver e, em momentos de desespero, apetece mesmo cortá-los, fazer de conta que não existiram mas não é esse o caminho... porque se perde o fio condutor daquela que é a nossa história!

terça-feira, 6 de maio de 2014

Será?

[foto retirada daqui]


"Eleve as suas expectativas: Pessoas com sonhos grandes obtêm energia para crescer". 

Roberto Shinyashiki


quarta-feira, 23 de abril de 2014

O acaso...

(Foto retirada daqui

"As pessoas dão pouca importância ao que lhes acontece por acaso... Ele é a mais rigorosa das probabilidades."

Júlio Pomar 


terça-feira, 22 de abril de 2014

Dar e Receber...

[foto retirada daqui]


Durante a semana passada, assistia a um programa televisivo onde um ator (também escritor) falava sobre o amor. Segundo ele, as pessoas acreditam que merecem o amor e, como tal, muitas ficam à espera que ele lhes bata a porta e diga - "Cheguei!" 
Se ele demora tempo de mais, e porque quem espera desespera, consideram-se sem sorte nenhuma pois, afinal de contas, se se é boa pessoa, merece-se o amor! 

Por fim, rematou com a sua teoria de que só existe uma forma de conquistar o amor e ter uma relação bem sucedida: se uma pessoa estiver disposta a dar ao outro sem receber, receberá com toda a certeza. Contudo, se encarar uma relação numa lógica de apenas receber...certamente não conhecerá o amor. 


segunda-feira, 21 de abril de 2014

Eles andam aí...

[foto retirada daqui]


Tenho-os ouvido a remexer nas tralhas que guardei no sótão, aquele sítio escuro onde só lá vamos para guardar o que não nos faz falta ou simplesmente não faz sentido ter tão perto. 

Lá em cima há de tudo! As coisas boas são, quase sempre, guardadas sem pressas e por isso mesmo saberemos exatamente onde encontrá-las quando lá voltarmos, um dia, para as recordarmos. 
Existem, também, as outras coisas menos boas que deixamos lá em cima, quase de olhos fechados, naquele cantinho mais escuro do sótão, para não termos de voltar a olhar para elas. Pensamos nós... Mas, mais dia menos dia, teremos de lá voltar para as guardar definitivamente, e deixar de fazer de conta que estão no sítio certo, prova disso é que eles não param de as remexer... Eles, os macaquinhos que habitam o nosso sótão! 

E eu tenho de lá ir acima, rapidamente, para acabar com esta brincadeira! 

quarta-feira, 16 de abril de 2014

In(justiças)

(foto retirada daqui)

E o poder nas mãos erradas é uma fonte geradora de injustiças...
Daquelas que nos causam revolta mas que nem sempre está ao nosso alcance combatê-las!

(Infelizmente!)

domingo, 13 de abril de 2014

PENSO,

[foto retirada daqui]

... logo não consigo dormir!


sábado, 12 de abril de 2014

Hoje é o teu dia...


Diz-me se é difícil carregar a própria sombra,
Virar a proa na maré por mais alta seja a onda,
Ser inteiro e estar de pé, sentir o bem quando te ronda,
Diz-me se é difícil carregar a própria sombra.

Diz-me o que dirias se Deus te aparecesse,

Que segredos guardarias se a mão na mão lhe desses,
Se Ele chorar contigo porque o fim te apetece,
Diz-me o que dirias se Deus te aparecesse.

Haja cidades que te sirvam de abrigo,

Por toda a parte, gente que quer ir contigo,
Só há lugar para os que riem do perigo,
São tantos os que pedem e que dizem:
Hoje é o teu dia! Hoje é o teu dia! …

É tempo de arranjar 20 segundos de coragem,
De passar o rio a vau, mudar o rumo da viagem,
Bater todas as portas, beber do fundo da miragem,
É tempo de arranjar 20 segundos de coragem.

Diz-me se tens medo, por quem perdes no caminho,

Das noites desgarradas, de mais um dia sozinho,
A vida pode ser como veludo ou azevinho,
E diz-me se tens medo, porque quem perdes no caminho.

Haja cidades que te sirvam de abrigo,

Por toda a parte, gente que quer ir contigo,
Só há lugar para os que riem do perigo,
São tantos os que pedem e que dizem:
Hoje é o teu dia! Hoje é o teu dia! …

Já não há noite, onde esta luz não se ouça,

Não há lugar sem a loucura da dança,
E há tantas vozes, todas diferentes,
Cada vez mais perto... o que grita toda a gente:
Hoje é o teu dia! Hoje é o teu dia! ...

Hoje é o nosso dia! Hoje é o nosso dia!

[Pedro Abrunhosa]

quinta-feira, 10 de abril de 2014

O jogo!

(Foto retirada daqui

Jogo iniciado: Agora é aguardar, pacientemente, o rumo dos acontecimentos...

segunda-feira, 31 de março de 2014

O tempo não pára

[foto retirada daqui]

"Eu sei que a vida tem pressa
Quer que tudo aconteça sem que a gente peça 
Eu sei, eu sei
Que o tempo não pára
O tempo é coisa rara 
E a gente só repara quando ele já passou...

Não sei se andei depressa demais
Mas sei que algum sorriso eu perdi
Vou pedir ao tempo
Que me dê mais tempo para olhar para ti
De agora em diante não serei distante
Eu vou estar aqui..."

Mariza, "O tempo não pára"

domingo, 30 de março de 2014

domingo, 23 de março de 2014

O que somos...

[foto retirada daqui]

"Nós somos casas muito grandes, muito compridas. 
É como se morássemos apenas num quarto ou dois. 
Às vezes, por medo ou cegueira, não abrimos as nossas portas." 

António Lobo Antunes

sexta-feira, 21 de março de 2014

Em modo: Desassossego

[foto retirada daqui]

Descubro-me mas isso não significa necessariamente que me reconheça. A descoberta de nós próprios nem sempre é uma sensação boa. Por vezes incomoda (muito) e até chega a doer... gera insatisfação, um desconforto que se agarra à pele. Belisca o nosso ego. Grita silenciosamente, despertando a consciência da nossa condição humana.  
É, também, um processo que iniciado não pode, nem deve, ficar pela metade. Mas é preciso coragem. E alguém que, nos momentos em que escassear essa força interior que nos move, nos segrede ao ouvido que vai valer a pena. 

*** 

"O "eu" interior é uma algazarra de desassossego. Para mais, árida e desinteressante. (...) Os outros podem ser o inferno, mas cada indivíduo ainda o é mais."

Miguel Esteves Cardoso


quinta-feira, 20 de março de 2014

Primavera & Felicidade

[foto retirada daqui]

Hoje, dia 20 de março, começa a Primavera e, ao que parece, comemora-se o Dia Internacional da Felicidade.
O que extrair desta equação que alia a Primavera, uma estação do ano tão simpática que pinta os dias pequenos e sombrios de um Inverno que se despede, como se de uma aguarela se tratasse e a Felicidade que todos ambicionamos mas que nem sempre conseguimos definir?

Para mim a Primavera significa recomeço. O início de um novo ciclo. O renascer depois de se resistir aos dias difíceis de um Inverno que não dá tréguas. 

E porque também hoje é o Dia Internacional da Felicidade, pode também ser o ponto de viragem. O momento certo para repensar o que é isso da Felicidade? Como a vemos ou sonhamos... e o queremos que ela represente para cada um de nós! 

E não tenho muito mais a dizer... porque a Felicidade ainda não encontrou definição em mim!


sexta-feira, 14 de março de 2014

quarta-feira, 12 de março de 2014

"Tava na tua..."



Despertei em graça, no meio da praça
E de um só momento, eu fiz um momento!
Procurei-te norte e sul, todo o mapa mundo
Inventei-te e encontrei-te a cada segundo

Por querer mais, por querer tanto
Ao que é de mais, ao que é espanto 
Saí daqui, subi à lua, sempre atrás de ti 
Cobri o céu, tava na tua e 
Saí daqui, subi à lua, sempre atrás de ti 
Cobri o céu, tava na tua e não resisti 

Eu tava na tua

Ao som dos teus passos levantei os braços
Desci a ladeira, sacudi poeira
Por querer mais, por querer tanto

Ao que é de mais, ao que é espanto
Saí daqui, subi à lua, sempre atrás de ti

Cobri o céu, tava na tua e..
Saí daqui, subi à lua, sempre atrás de ti
Cobri o céu, tava na tua e não resisti

(Luiz Caracol & Sara Tavares)

domingo, 9 de março de 2014

O momento certo!

(Foto retirada daqui)

Olho o futuro e idealizo-o como um capítulo de um livro onde apenas há espaço para momentos felizes. É aqui e hoje, num dia que se fez cinzento, que eu e tu idealizamos o momento certo para, num futuro ainda incerto, fazer aquela viagem, concretizar aquela ideia que tivemos numa conversa de café e com a qual não nos comprometemos verdadeiramente. É lá, nesse futuro, que parece haver espaço para outros momentos certos: aquele abraço apertado, aquele "obrigado" ou "gosto de ti" que não se verbalizou...O momento certo para arriscar, sem ouvir as nossas inseguranças, e dar o próximo passo! 

Mas... E se o futuro não existir tal como o idealizamos? 
O hoje é o futuro do ontem... como o ontem foi o do dia anterior... e o que fizemos nós? ignorámos ou adiámos talvez algum momento que por parecer imperfeito não o foi sequer imperfeito. Não o foi, simplesmente! Mas também existem aqueles momentos que, não o parecendo, são perfeitos basta que estejamos permeáveis à sua revelação.

Ontem foi um desses dias imperfeitos que revelam a finitude da vida, o não ter tempo para esperar que os momentos certos ocorram daqui a tempo demais para que os possamos concretizar ou saborear. 

O momento certo é o presente! Um presente que se concretiza em ações, gestos, conquistas, receios silenciados, dúvidas dissipadas e ideias que ganham forma. Até mesmo em palavras... 

Momentos certos que, no agora, ganham cor, sabor, aroma e memória... E tornam este efémero presente num passado real que, sempre que revisitado, se sente à flor da pele!


M.F. obrigada pela (tua) luz que trouxe comigo!


quarta-feira, 5 de março de 2014

A propósito da Vulnerabilidade [3]

[foto retirada daqui]


"Não podemos excluir-nos da incerteza, do risco e da exposição emocional que permeiam as nossas experiências diárias. A vida é vulnerável!" 

Brené Brown


* * * 

Não há como evitar uma qualquer dúvida a sugar-nos a atenção, o sentimento de se parecer ridículo quando tentamos ser mais emocionais do que racionais e certeza constante que tudo o que somos e fazemos é falível, pode resultar em nada e não passar de um erro!

Mesmo que por breves instantes é bom sentir a proteção da casca contudo, nunca podemos esquecer que ela é (muito) frágil...