quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Esquecer ou (talvez) não esquecer?

 [foto retirada daqui]


"O tempo faz a gente esquecer. 
Há pessoas que esquecem depressa. Outras apenas fingem que não se lembram mais..."

Erico Veríssimo

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Combinações perfeitas




[...e na ausência de sono, ouve-se boa música!]

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Aprender...


 [foto retirada daqui]

 Hoje voltei a assumir o papel de aluna, numa turma heterogénea aparentemente bastante motivada para aprender, aliás como é comum nestes cursos não obrigatórios e em pós-laboral. 

Para além da óbvia busca de conhecimento, para mim este curso terá um outro propósito, bem mais especial: representa um passo dado para a superação de um bloqueio que há muito me habituei a lidar com ele simplesmente ignorando e contornando-o. Percebi (finalmente!) que já era hora de dizer "Basta! Não te enganes mais a ti própria!".

De entre os vários novos colegas desta aventura destaco uma ainda teenager, visivelmente tensa por se sentir colocada à prova junto de desconhecidos. O sistema de ensino, mais ou menos formal, ainda alimenta a necessidade de nos sentirmos na posse de conteúdos e competências que não nos deixem ficar mal junto dos demais. Não há espaço para se comemorarem os erros e os desconhecimentos que, pelo contrário, são vistos como zonas cinzentas do nosso currículo de aprendizagens/experiências.

Percebi-lhe a tensão pelo rosto ruborizado e revi-me, exatamente quando tinha a idade dela. Na mesma posição sentir-me-ia invadida pelo mesmo sentimento, apenas com uma diferença: provavelmente não teria a coragem de me inscrever assumindo essa minha "fraqueza" e muito menos de me sentar na primeira fila ficando, assim, mais exposta. 

Os anos que me distanciam dela, foram os necessários para encarar este meu handicap como um problema para o qual teria de obter uma solução eficaz.Dados os primeiros passos nessa direção, mesmo que timidamente, não há margem para hesitações ou desistências. Em frente é que é o caminho!

Passada a primeira sessão e a habituação a uma nova realidade, sinto que finalmente me estou a libertar desse bloqueio inicial. Na mesma proporção vai aumentando a minha motivação para aprender, para mostrar a mim mesma que para qualquer obstáculo que coloque a mim mesma haverá, certamente, uma forma de o ultrapassar. Todo o caminho é aprendizagem e eu sou demasiado imperfeita para saber de tudo à partida.

*
Aprender é a única coisa de que a mente nunca se cansa, 
nunca tem medo e nunca se arrepende.

Leonardo Da Vinci

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Realizar

[foto retirada daqui]

"Existe um espaço entre a imaginação do homem e as suas realizações 
que só a sua ânsia pode atravessar."

Khalil Gibran

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

É estranho não é?

 [foto retirada daqui]

Porque nos sentimos mais à-vontade para desabafar com pessoas que mal conhecemos mas pelas quais nutrimos alguma empatia?
É certo que também o fazemos com os amigos. Não com todos. Apenas com um ou dois que quase nos conhecem tão bem quanto nós. Mas na verdade, ao sentirmos a inexistência de laços afetivos, libertamo-nos de outra forma, diria eu mais espontaneamente. Não deixa de ser estranho confiarmos algumas das nossas fraquezas, dúvidas ou dificuldades com pessoas que mal conhecemos. 

Após alguma reflexão só consegui encontrar uma quase-explicação para tal facto: sentir-nos-emos mais seguros se confiarmos o lado mais frágil do nosso eu a quem, diariamente, não se cruza connosco do que com quem se convive com frequência. Há que reconhecer que nos é bem mais vantajoso que este último grupo apenas conheça o melhor de nós - a nossa (quase sempre) boa auto-estima e optimismo, as nossas habilidades e conquistas e, também o nosso carisma e alegria de quem está de bem com a vida. 

Mas depois há o outro lado, aquele que queremos esconder a todo o custo porque, como humanos que somos, sabemos que este mundo não é para os fracos, não é deles que reza a história e quem não quer fazer parte da história?

Contudo, nem sempre esse nosso lado mais cinzento (chamemos-lhe assim!) permanece mergulhado; há momentos em que teima mostrar-se! E é sobretudo nestas ocasiões que simpáticos estranhos são sempre bem-vindos para que possamos traduzir por palavras e "smiles" o que nos belisca a tranquilidade. 

Nesses momentos o desconhecido é um lugar seguro, um refúgio  que nos leva a ver a nossa própria vida na perspetiva desprendida e curiosa de um turista.

Não precisaremos de momentos assim para encontrarmos um equilíbrio?

Não serão momentos de puro egoísmo? Por precisarmos que gente desconhecida nos ouça para que consigamos estabelecer um diálogo connosco próprios?

Sejam quais forem os mecanismos do nosso sub-consciente que nos impelem para (re)agir assim não deixa de ser estranho, não é?

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

A propósito do Carnaval

[foto retirada daqui]

Mais um Carnaval se sumiu por entre a alegria e energia dos muitos foliões. Não me sinto parte integrante desse grupo que pensa milimetricamente na fantasia que sairá à rua, muitas das vezes arriscando uma constipação/gripe. 
Mesmo assim não critico até porque no Carnaval não se deve levar a mal, embora algumas coisas que vejo por aí me façam alguma confusão como é o caso de se sambar em trajes menores em pleno Fevereiro... mas isso são outras conversas...).

Recordo-me que quando era miúda gostava de poder vestir personagens do meu imaginário e experimentar a pele de profissões que eu apreciava. Nessas aventuras sempre tive a preciosa colaboração de uma tia costureira que alinhava na brincadeira e me fazia sonhar com a indumentária criada para o efeito. 

Essa magia do Carnaval foi-me fugindo pelas mãos do tempo como se de areia se tratasse. Agora percebo que há outra forma de perpetuar essa magia e que não se limita aos três (ou alguns mais) dias de Carnaval. Falo da escrita e da liberdade que o ato de escrever me proporciona. Através dele personagens ganham vida, emoções e tornam-se principais em enredos tecidos pela minha imaginação. É neste mundo que me refugio sempre que o meu cérebro começa a ficar preso a rotinas do dia-a-dia e eu entediada com tal facto. É sobretudo nesses momentos que escrevo e entro no mundo ilimitado das histórias imaginadas.

Em relação ao Carnaval... talvez o viva novamente na cidade das gôndolas... quem sabe um dia, em Veneza... :)

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

(Im)Possível?


"Olha para as tuas mãos, imagina tudo aquilo que elas serão capazes de construir. 
O mundo espera pelo invisível que, hoje, só tu és capaz de ver. 
Existe música por nascer no interior do silêncio.
O possível é o futuro do impossível..."


José Luís Peixoto


terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Segue o teu destino




[foto retirada daqui]

Segue o teu destino,
Rega as tuas plantas,
Ama as tuas rosas.
O resto é a sombra
De árvores alheias.

A realidade

Sempre é maios ou menos
Do que nós queremos.
Só nós somos sempre
Iguais a nós própios.

Suave é viver só

Grande e nobre é sempre
Viver simplesmente.
Deixa a dor nas aras
Como ex-voto aos deuses.
 
Ricardo Reis