quarta-feira, 17 de outubro de 2007


Histórias de Cabeceira e Outras Claustrofobias (Foto de Armindo Dias)


"Morre lentamente quem não viaja, quem não lê,
quem não ouve música, quem destrói o seu amor-próprio, não se deixa ajudar... Morre lentamente quem se transforma escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca, não arrisca vestir uma nova cor, não conversa com quem não conhece. Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o preto no branco e os pontos nos is, a um turbilhão de emoções indomáveis, justamente as que resgatam brilho nos olhos, sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos... Morre lentamente, quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho, quem não se permite uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos. Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da chuva incessante, desistindo de um projecto antes de iniciá-lo, não perguntando sobre um assunto que desconhece e não respondendo quando lhe indagam o que sabe. Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples acto de respirar. Somente a perseverança fará com que conquistemos um estádio esplêndido de felicidade."


Pablo Neruda

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

domingo, 7 de outubro de 2007

Canção simples...



...Vem quebrar o medo, vem
Saber se há depois
E sentir que somos dois
Mas que juntos somos mais...

Quero ser razão para seres maior
Quero-te oferecer o meu melhor...

Fazes muito mais que o sol...


Tiago Bettencourt

Boa sorte...



Vanessa da Mata & Ben Harper

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Esquecimento, de Cláudio de Sousa





terça-feira, 11 de setembro de 2007


Tenho a vida de pernas para o ar...
e aqui continuo...impotente, à espera de respostas que tardam!

Sinto-me angustiada, ansiosa e a explodir de insegurança

E o tempo que teima em não passar... Quanto mais terei eu de esperar?

domingo, 2 de setembro de 2007

Incerteza


Ainda pior que a convicção do não, e a incerteza do talvez, é a desilusão de um quase!
É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo o que poderia ter sido e não foi.
Quem quase ganhou, ainda joga; quem quase passou, ainda estuda; quem quase amou, não amou!
Basta pensar nas oportunidades que se escaparam pelos dedos, nas oportunidades que se perdem por medo, nas ideias que nunca sairão do papel, por causa dessa maldita mania de viver no Outono.

Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna. A resposta eu sei de cor, está estampada na distância e na frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "bom dia", quase que sussurrados.
Sobra covardia e falta coragem até para ser feliz. A paixão queima; o amor enlouquece; o desejo trai. Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor. Mas não são.
Se a virtude estivesse mesmo no meio-termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza.
O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.
Preferir a derrota prévia à dúvida da vitória e desperdiçar a oportunidade de merecer. Para os erros há perdão; para os fracassos, oportunidade; para os amores impossíveis, tempo.
De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor, não e romance.

Não deixes que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfia do destino e acredita em ti.
Gasta mais horas realizando, que sonhando...
Fazendo, que planeando...
Vivendo, que esperando...
Porque, embora quem quase morreu esteja vivo, quem quase vive, já morreu...”


Texto de Luís Fernando Veríssimo

sábado, 1 de setembro de 2007

domingo, 26 de agosto de 2007

Mundo ao contrário...


Visagem, de Karina (em: www.olhares.com)


"Num mundo que parece tão virado do avesso, penso que só não nos sentimos perdidos se, em tudo o que fazemos, procuramos olhar para mais alto e mais longe.
Acredito que, assim, poderemos ser iluminados pela luz que brilha no nosso interior também quando todas as luzes exteriores estiverem apagadas. Sentir-nos acompanhados, acarinhados e amados mesmo que ninguém nos acarinhe nem ame..."

M.J.C.F., Mais e Melhor, 2003

A caminhar para a recta final...





"Quando algum tempo acaba,
é porque outro está pronto para começar..."

M.J.C.F.

(Foto:Os sonhos não têm fim, de Jovelino Matos Almeida)

quinta-feira, 16 de agosto de 2007


















Mudam os tempos
E as vontades
Mudam os ventos, pensamentos e vaidades

Tudo passou
Quase esqueceu

E o que ficou, marcas deixou do que morreu

Outros Ventos, TRIBUTO

Foto:
Marcas na Areia, de Jovino C. Batista (in: www.olhares.com)

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

terça-feira, 31 de julho de 2007


ConfuZoom, foto de António V. R. (in: www.1000imagens.com)


As relações humanas são como pinturas abstractas.
São coloridas, dinâmicas, inspiradoras...
Contudo, nunca sabemos ao certo qual o seu real significado.
Nunca temos a certeza se a outra pessoa a encara e interpreta de forma similar.
Nunca temos a certeza se aquilo que estamos a ver é mesmo aquilo que pensamos.

Não será isso que tornará tudo bem mais interessante nas nossas vidas?

domingo, 29 de julho de 2007


"If you really want to touch someone, send them a letter."


sábado, 28 de julho de 2007

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Indecisões

(Foto de Ricardo Tavares, in: www.olhares.com)

Mais uma vez as indecisões perseguem-me, sussuram-me ao ouvido várias hipóteses,
vários caminhos passíveis de serem percorridos...

Que hei-de eu fazer...
Se ao mesmo tempo que te procuro, desejo não te encontrar?

Que hei-de eu fazer...
Se, por um lado, te desejo e por outro te quero afastar da minha vida?
E quando me apetecia avançar, dou por mim a dar dois passos para trás?

Que hei-de eu fazer...
Se metade de mim te quer e a outra pede-me para não te querer?










quarta-feira, 4 de julho de 2007

Caranguejo


O 4º signo do Zodíaco

Elemento: Água, Cardinal
Planeta Regente: Lua
Príncipio: Passivo
Parte do corpo: Peito, Estômago
Estação do ano: Começo do Verão no hemisfério norte e começo do Inverno no hemisfério sul
Incensos: Alfazema e Violeta
Pedras: Turquesa
Dia: Segunda
Metal: Prata
Côr: Prateada

Personalidade do Caranguejo: "Amem-me"

Os Caranguejos querem proteger e salvar o mundo. Não se metam com eles, são ferozes. Defendem os seus direitos, e os direitos dos seus amigos, a qualquer custo. Homens ou mulheres, os Caranguejos são "mães". Caranguejo é o signo de casa, mãe e tarte de maçã. Os Caranguejos são intuitivos (até psíquicos) e utilizam as suas emoções como um conjunto de roupa. São regidos pela Lua. A disposição de um Caranguejo muda como uma vela que se derrete e se devanece. Riem num minuto e no outro estão a chorar e sentimentais. Nunca sugira a um Caranguejo que se livre das coisas que estão no sótão há décadas, porque lá dentro está o resto de tecido que a avó utilizou para fazer o seu vestido de casamento. Não tem sentimentos pela História? Os Caranguejos adoram História, e lembram-se de tudo. Pergunte-lhes sobre o seu primeiro dia de escola (se tiver muito tempo a dispender), e eles lembrar-se-ão de todos os detalhes, até às pequenas meias que usaram e do momento em que as suas mães realmente os deixaram lá. Os Caranguejos têm uma ligação especial com as suas mães. O facto de a mãe o ter deixado sozinho na escola pode ser a razão de ser tão emotivo e sensível actualmente.

AMIZADE
Um amigo em dificuldades é realmente um amigo. Os Caranguejos virão sempre em nosso auxílio. Não conseguem dizer não, mesmo se fôr para carregar 100 quilos através do deserto. Eles ajudam os seus amigos, mas isso é só porque se preocupam demasiado. Todos deveriam ter um ou dois amigos Caranguejo. Em retorno, os Caranguejos esperam que os seus amigos estejam lá quando a sua depressão os atingir. Se não estivermos por perto quando eles precisam, sentir-se-ão pessoalmente rejeitados.

AMOR
Os Caranguejos casam para a vida. O seu instinto natural é ter filhos, muitos filhos, portanto o casamento é mesmo importante. No vosso primeiro encontro, o Caranguejo perguntar-lhe-á se preferem casamentos de Junho ou Dezembro. Os Caranguejos são engraçados e sensuais. Mas retiram-se para as suas carapaças e atingem com as suas garras quando se sentem injuriados (e eles sentem mais do que qualquer outro). Precisam de ser o Número 1. Trate-os com gentileza. São mansinhos quando se trata de amor.

segunda-feira, 2 de julho de 2007


Continuo numa busca desenfreada por palavras,
mesmo que me digas que "o essencial é invisível aos olhos"
Mas isso parece não chegar para perceber o que está a acontecer!

Continuo...

Secretamente, à espera de um gesto
...de um sinal
Secretamente, tentando saber se dás por mim afinal
Secretamente, à procura de um toque...de um olhar
Secretamente, tentando saber se algum dia os nossos mundos se irão cruzar...


Rita Guerra

domingo, 1 de julho de 2007

No silêncio da noite...

, de José Manuel Carvalho (in: www.1000imagens.com)


Embalo sonhos...Mascaro saudades...
Acrescento ainda mais a longa lista de dúvidas
Questiono as minhas poucas verdades
E no final...
Continua tudo por explicar...


quinta-feira, 28 de junho de 2007

terça-feira, 19 de junho de 2007

sábado, 9 de junho de 2007

quinta-feira, 31 de maio de 2007


Always, de Alberto Viana d'Almeida (in www.olhares.com)



"Não é verdade que no coração existam quatro cavidades.


Na verdade, o coração divide-se em tantas assoalhadas

quantas as pessoas


que ocupam um lugar dentro de nós."



Eduardo Sá, Tudo o que o Amor não É

segunda-feira, 28 de maio de 2007

Amostra sem valor...

Deslumbre, de Fátima Joaquim (in: www.olhares.com)


Eu sei que o meu desespero não interessa a ninguém.

Cada um tem o seu, pessoal e intransmissível:
com ele se entretém
e se julga intangível.

Eu sei que a Humanidade é mais gente do que eu,
sei que o Mundo é maior do que o bairro onde habito,
que o respirar de um só, mesmo que seja o meu,
não pesa num total que tende para infinito.

Eu sei que as dimensões impiedosas da Vida
ignoram todo o homem, dissolvem-no, e, contudo,
nesta insignificância, gratuita e desvalida,
Universo sou eu, com nebulosas e tudo.

ANTÓNIO GEDEÃO

quarta-feira, 23 de maio de 2007

Do lado de lá...

[dos outros]2, de Paulo Passos (in: www.olhares.com)


Tenho estado distraída com dias demasiado iguais...tentando controlar tudo o que se passa cá dentro! Esqueço-me que do outro lado da janela o mundo "pula e avança", numa direcção que eu própria pareço desconhecer...

Receio o que está do lado de lá... vou continuar a viver esta vida que sei estar presa por um fio...resta-me pouco tempo.

quinta-feira, 3 de maio de 2007

Coimbra



"...Teu fado inspira ternura,

sentimento e alegria
o que apela à Saudade..."

José Medeiros


terça-feira, 1 de maio de 2007

Como explicar o Amor...


Não me fales de... (de Rui J. Santos) - in www.olhares.com

Contam que, uma vez, reuniram-se os sentimentos e as qualidades dos homens, num lugar da Terra.
Quando o ABORRECIMENTO havia reclamado pela terceira vez, a
LOUCURA, como sempre tão louca, propôs-lhe:
- Vamos brincar as escondidas?
A INTRIGA levantou a sobrancelha, intrigada, e a CURIOSIDADE, sem poder conter-se, perguntou: «- Escondidas? Como e isso?»
- É um jogo - explicou a LOUCURA - em que eu fecho os olhos e começo a contar de um a um milhão enquanto vocês se escondem e, quando eu tiver terminado de contar, o primeiro de vocês que eu encontrar ocupará o meu lugar para continuar o jogo. O ENTUSIASMO dançou, seguido pela EUFORIA.
A ALEGRIA deu tantos saltos que acabou convencendo a DÚVIDA e ate mesmo a APATIA, que nunca se interessava por nada. Mas nem todos quiseram participar: a VERDADE preferiu não se esconder; para que no final todos a encontrassem?
A SOBERBA opinou que era um jogo muito pouco interessante e a COVARDIA preferiu não se arriscar.
- Um, dois, três, quatro... - começou então a contar a LOUCURA.
A primeira a esconder-se foi a PRESSA, que, como sempre, caiu atrás da primeira pedra do caminho.
A FÉ subiu ao céu e a INVEJA escondeu-se atrás da sombra do TRIUNFO, que com o seu próprio esforço, tinha conseguido subir até à copa da árvore mais alta.
A GENEROSIDADE quase não se conseguia esconder, pois cada local que encontrava lhe parecia maravilhoso para algum de seus amigos - se era um lago cristalino, era ideal para a BELEZA; se era a copa de uma árvore, era perfeito para a TIMIDEZ; se era o voo de uma borboleta, seria o melhor para a VOLÚPTIA; se era uma rajada de vento, magnifico seria para a LIBERDADE. E assim, acabou por se esconder num raio de sol.
O EGOÍSMO, pelo contrário, encontrou um local muito bom desde o início - ventilado, cómodo, mas apenas para ele.
A MENTIRA escondeu-se no fundo do oceano (mentira, na realidade, escondeu-se atrás do arco-íris), por sua vez a PAIXÃO e o DESEJO no centro dos vulcões.
O ESQUECIMENTO, não me recordo onde se escondeu, mas isso não é o mais importante.
Quando a LOUCURA estava nos 999.999, o AMOR ainda não havia encontrado um local para se esconder, pois já estavam todos ocupados; até que encontrou um roseiral e, carinhosamente, decidiu esconder-se entre as flores.
- Um milhão! - contou a LOUCURA. E começou a busca.
A primeira a aparecer foi a PRESSA, apenas a três passos de uma pedra. Depois, escutou-se a FÉ discutindo com Deus, no céu, sobre Zoologia.
Sentiu-se vibrar a PAIXÃO e o DESEJO nos vulcões.
Por mero acaso, encontrou a INVEJA, e claro, pode deduzir onde estava o TRIUNFO.
Ao EGOÍSMO, nem teve sequer que procurá-lo: ele saiu sozinho, disparado, do seu esconderijo, que na verdade era um ninho de vespas.
De tanto caminhar, a LOUCURA sentiu sede e, ao aproximar-se de um lago, descobriu a BELEZA.
A DÚVIDA foi mais fácil ainda, pois encontrou-a sentada sobre uma cerca, sem decidir de que lado se esconder.
E assim foi encontrando-os a todos.
O TALENTO entre a erva fresca; a ANGÚSTIA numa cova escura; a MENTIRA atrás do arco-íris (mentira, estava no fundo do oceano); e até o ESQUECIMENTO, de quem já se tinham esquecido que também estava a brincar à escondida.
Apenas o AMOR não aparecia em nenhum lugar. A LOUCURA procurou atrás de cada árvore, debaixo de cada rocha do planeta e no cimo das montanhas.
Quando estava a ponto de dar-se por vencida, encontrou um roseiral. Pegou numa forquilha e começou a mover os ramos, quando, no mesmo instante, se escutou um doloroso grito: os espinhos tinham ferido o AMOR nos olhos.
A LOUCURA não sabia o que fazer para se desculpar: chorou, rezou, implorou, pediu perdão e até prometeu ser a guia do AMOR para sempre.
Desde aí, que pela primeira vez se brincou às escondidas na Terra, o AMOR é cego e a LOUCURA sempre o acompanha."

segunda-feira, 23 de abril de 2007

Felicidade eterna

...um lugar comum... de José Santarém (in: www.olhares.com)

"Antigamente todos os contos para crianças terminavam com a mesma frase, e foram felizes para sempre, isto depois de o Príncipe casar com a Princesa e de terem muitos filhos. Na vida, é claro, nenhum enredo remata assim. As Princesas casam com os guarda-costas, casam com os trapezistas, a vida continua, e os dois são infelizes até que se separam. Anos mais tarde, como todos nós, morrem. Só somos felizes, verdadeiramente felizes, quando é para sempre, mas só as crianças habitam esse tempo no qual todas as coisas duram para sempre."


José Eduardo Agualusa,

in 'O Vendedor de Passados'

sábado, 14 de abril de 2007


...De que serve ter o mapa se o fim está traçado

De que serve até à vista se o barco está parado
De que serve ter a chave se a porta está aberta
De que servem as palavras se a casa está deserta...

Pedro Abrunhosa, Quem me leva os meus fantasmas

terça-feira, 10 de abril de 2007

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

Sabes-me bem...

Foto de Ricardo Tavares (in: www.olhares.com)

Ontem deitei-me cedo, talvez com pressa de chegar ao novo dia! Hoje vou reencontrar-te após cinco dias de ausência da tua parte.

Estou ansiosa para te contar as últimas peripécias e os planos para o resto da semana.

Hummm… como são saborosos os momentos em que me dás toda a atenção do mundo… e me ouves a falar de banalidades, dúvidas, tolices…

Sabe-me bem saber que depois de me ouvires tens sempre uma palavra reconfortante que me dá a mão quando me estou a afundar…

Sabe-me bem poder contar contigo (e sabê-lo), nem que seja cinco minutos depois, para me ajudar a esclarecer ideias, encontrar resposta às dúvidas que surgem, dar-me um empurrãozinho para que eu continue a caminhar.

Sabe-me bem quando rompes um silêncio com uma música que queres partilhar comigo…

Sabe-me bem ouvir-te contar as tuas últimas experiências, as aventuras do fim-de-semana ou as novas descobertas, pareces uma criança com um novo brinquedo a explorar…e isso faz-me sorrir!

Os nossos dias fazem-se de [pequenos e grandes] momentos de cumplicidade a que já nos habituámos…


terça-feira, 20 de fevereiro de 2007



"O homem adora fazer a contabilidade dos seus problemas,

mas não das suas alegrias.
Se contasse estas veria nelas felicidade suficiente."


Feodor Mikhailovich Dostoievski

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2007

Aparentemente serenidade, de Ilídio Pires (in: www.olhares.com)


Anseio pelo dia que chegarei ao meu porto de abrigo!
Onde? Quando? Como?
Eis as questões para as quais ainda não tenho a resposta exacta,
Mas...
Sei que, algures por aí, há um lugar onde me sentirei realmente "em casa"...
Sei que, mais cedo ou mais tarde, esse dia chegará...
Sei que é a caminhar que o caminho se fará até lá...

E bastam-me estas [pequenas] certezas para continuar!




quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007


Os invisíveis átomos do ar
em volta palpitam e inflamam-se,
o céu desfaz-se em raios de ouro,
a terra estremece em alvoroço.

Oiço flutuando em ondas de harmonias,
rumor de beijos e bater de asas;
minhas pálpebras fecham-se...O que acontece?
Diz-me?
Silêncio! É o amor que passa!


GUSTAVO ADOLFO BÉCQUER



Em vez de procurares alguém a quem amar, sê alguém
que possa ser amado. Envia aquilo que desejas
receber. Sê aquilo que desejas viver. (...) Sê aquilo que
procuras, e aquilo que procuras encontrar-te-á.

NEALE DONALD WALSCH



domingo, 11 de fevereiro de 2007


"Aprendo nas ilhas pequenas que o Mundo
é exactamente do seu tamanho: sem filosofia
nem cálculos matemáticos...

(...)
A ilha é pequena?


A ilha é pequena, sim! E depois?
O espaço que falta a uma ilha seria,
se houvesse mais espaço,
o espaço que sobejaria."


[Carlos Faria, Ciclo da Esmeralda, 1992]



MAS QUANTO TEMPO PRECISAREI...


...para me sentir preenchida pela ilha?

Uma ilha [que sinto] demasiado pequena!!!





sábado, 10 de fevereiro de 2007

Até onde podemos ir?!


A caminho do Céu (de António Silva)
in:www.1000imagens.com

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007


Procura-se peixe (vivo ou morto) de Almor Loucao (in: www.olhares.com)


Hoje decidi voar até Olhão, terra do desconhecido "Mexilhão"
que, aparentemente, tem acompanhado os meus "voos" por aqui!
Apenas para lá deixar...
saudações açorianas!

domingo, 4 de fevereiro de 2007


(foto de Geoffroy Demarquet in: www.olhares.com)


(...)
Se eu beber dessa luz que apaga
a noite em mim
E se um dia eu disser
que já não quero estar aqui
Na incerteza de saber
o que fazer, o que querer
Mesmo sem nunca pensar
que um dia o vá expressar
(...)
Tudo o que acontece em mim...


Eu sei...
Sara Tavares

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007

O meu Dia das Amigas...

Não posso negar que, quando recebi algumas sms a desejar um Feliz Dia das Amigas, me veio uma lágrima ao canto do olho que teimava rolar pelo meu rosto...
Recordo-me das comemorações desse dia, com as minhas coleguinhas de escola...agora que deixei os Açores, as coisas mudaram. Aqui não se dedica um dia à Amizade, como se faz para o Natal ou para o Dia sem Compras...Tentei introduzi-lo cá, e houve quem achasse piada!
Só me resta aproveitar este dia para relembrar (através de uma sms) às amigas que estão longe que jamais vos esquecerei...terão sempre um lugarzinho no meu coração, na minha agenda, na minha vida! Um grande beijo a todas vós!!!!

Tradições Açorianas...



DIA DAS AMIGAS

O dia em que as mulheres saem à rua para festejar a amizade



Ponta Delgada


Hoje é dia das mulheres açorianas sairem à rua. Os bares e os restaurantes enchem. De tal forma, que quem não fez reserva já não consegue programa em lado nenhum. A maior parte das reservas na ilha de São Miguel foram feitas em Novembro e Dezembro de 2005. A tradição manda e, todos os anos, as quatro quinta-feiras que antecedem a terça-feira gorda de Carnaval são celebradas com convívios entre Amigos, Amigas, Compadres e Comadres.

Quando começou tradição, única em todo o País, ninguém sabe ao certo. Manuel Ferreira, escritor e investigador, adiantou ao DN que garantidamente "estes dias já se celebravam no final do século XIX" e que, ainda hoje, curiosamente, muitos emigrantes que vivem em terras além-mar do continente americano a mantêm viva. Embora, na altura, com certeza mais comedida e com outros contornos.

O arranque deste ciclo começou na última quinta-feira com o Dia de Amigos, mas é hoje, verdadeiramente, que a noite é passada em claro sendo invadida por grupos de mulheres e cabendo aos cavalheiros ficar em casa.

Há quem confesse, mesmo entre os mais novos que, se calhar, esta até é uma boa noite para ficar na segurança do lar, ainda que sem filhos para tomar conta... Eles lá sabem, embora não o reconheçam em voz alta! Depois, claro, há os outros que não resistem a deitar uma espreitadela, mas logo são feitos sentir como "penetras" numa festa para a qual não foram convidados.

Para elas, e apesar das mudanças numa sociedade que é ainda em muitos aspectos mais conservadora do que a continental, é a oportunidade de fazer o que "eles" fazem o resto do ano com muito mais facilidade. Ou seja, sair de casa à noite. No entanto, eles respeitam religiosamente este dia e desde as jovens às menos jovens, casadas ou solteiras, juntam-se em grupos, jantam juntas, desinibem-se sem olhar para o relógio e os bares e restaurantes fazem tudo para não as desiludirem. Só muito recentemente é que os bares de striptease chegaram a São Miguel, mas, apesar dos esforços publicitários dos proprietários, apelando à visita de casais, a verdade é que "senhora que se preze" não vai a esses locais. Daí, que para esta noite, os estabelecimentos de diversão "importem" stripers masculinos do continente, propositadamente, para o Dia de Amigas. Aquele que, sem dúvida, mais movimenta a ilha no ciclo de celebrações que antecede o Carnaval.

No dia a seguir, numa condescendência pouco usual, os patrões até fecham os olhos à hora de chegada ao serviço e, em geral, os homens, apesar de quererem aparentar um ar desinteressado, tudo fazem para ir sabendo nas entrelinhas o que se passou na véspera. As reportagens fotográficas publicadas na revista Açores de domingo, do matutino Açoriano Oriental, fazem com que esgote nas bancas.

Claro que se mantêm ainda os convívios mais "pacatos". Jantares com trocas de presentes e a oportunidade de falar no feminino, sem pressas. Afinal, é da celebração da amizade que se trata. Embora os restaurantes e hotéis não deixem passar a oportunidade de promover buffets a preços especiais, sessões de karaoke ou música ao vivo, porque não se deve perder a oportunidade de negócio.

Se para muitas é mais um pretexto para sair, para outras só tem sentido com as amigas de peito. Caso de Maria Cordeiro, com 45 anos, que, desde que se lembra, sempre comemorou este dia com as amigas mais próximas. Para ela não é só mais uma data no calendário, só faz mesmo sentido celebrá-la na companhia de quem é amiga todo o ano e onde a alegria tem lugar, mas não necessariamente com a euforia que tomou conta das gerações mais novas.

A este respeito, Manuel Ferreira recorda o sentido dado pelos latinos à amizade, como sendo uma" necessidade". "O amigo era o outro eu", explica o historiador.
A maior casa de espectáculos dos Açores, o Coliseu Micaelense, deverá reunir esta noite cerca de meio milhar de mulheres num jantar com música ao vivo destinado exclusivamente à participação de senhoras. A presença habilita também as participantes ao sorteio de quatro tratamentos de rosto, incluindo limpeza de pele, hidratação e produto de cosmética. E, já gora, desde esta manhã que as cabeleireiras não têm mãos a medir e há vários dias que anunciam nos jornais preços especiais para este dia, sujeitos a reserva.

DN, 09 de Fevereiro de 2006

segunda-feira, 22 de janeiro de 2007

Reencontro com Coimbra...

Amanhecer em Coimbra, Art Foto

Já fizeste parte da minha vida e continuarás a ocupar algumas páginas da minha vida, mas tudo mudou!!!
Já não sinto o teu pulsar, o teu cheiro, as tuas cores ao amanhecer e ao entardecer...

Tudo mudou...
Já não albergas as pessoas que me acompanharam nessa passagem por aí!
Já não me cruzo com as pessoas de todos os dias!
E por muito que não acreditasse sei que a velha canção não está errada...
"Coimbra tem mais encanto na hora da despedida"
É nessa altura que colocamos na bagagem
as inúmeras recordações, as grandes amizades, os bons e maus momentos vividos
numa cidade que será sempre "nossa até morrer"
E partimos!

domingo, 21 de janeiro de 2007

Felicidade...


Running, de Flávio Soares de Moura (in: www.olhares.com)


... é a certeza de que
a nossa vida
não se está passando inutilmente!


Erico Verissimo, Olhai os lírios do campo

sexta-feira, 19 de janeiro de 2007

Finalmente é 6ª feira!!

"Um tempo..." de Hugo Tinoco (in: www.olhares.com)

As últimas 120 horas da minha vida foram longas...espessas...intermináveis...

domingo, 14 de janeiro de 2007



(Noruega..., de Jonhy in www.olhares.com)

Disseram-me que tinha o mundo aos meus pés,
mas afinal ele está aqui mesmo à minha frente a desafiar-me...

Porque, tantas vezes, acabamos por acreditar no que nos dizem?!

Uma nova vida só para mim...



Com o Novo Ano deveria ter vindo uma Nova Vida para mim...mas isso não aconteceu! Terá o remetente esquecido a minha actual morada?
Terá sido uma falha da distribuição de correio? Terá o carteiro ficado com ela?!


sábado, 13 de janeiro de 2007

Desta vez NÃO!!!

Todos os teus passos são tremendas desilusões...
Porque teimas em fazer de conta que não estou a teu lado? Porque não me dás a atenção que mereço? Porque continuas a andar e deixas-me estagnada no mesmo sítio? Porquê?
Pareces esquecer que sabes que queria seguir os teus passos... Que queria lutar contigo... Que queria simplesmente andar a teu lado...
Mas desta vez NÃO vou fazer de conta que isso não me afecta... Não vou voltar a pedir-te atenção... Não vou... Desta vez deixo-te ir até onde queres e vou começar a caminhar noutra direcção...Já é hora de pensar em mim...De dizer não a esta condição desprezante e andar, andar, andar...aproveitando as portas que ainda estão entreabertas!
E desta vez nem vais notar que parti...para que não me tentes manipular e parar-me novamente...
Desta vez NÃO!!!

quarta-feira, 3 de janeiro de 2007

Um paraíso chamado Açores...

Quinze dias se passaram...e é hora de regressar à realidade... para trás ficam momentos vividos como se houvesse a certeza de que momentos semelhantes tardam... A caminho do aeroporto já sentia uma lágrima a escapar-me pelo canto do olho e a vontade que as férias tivessem sido maiores...ai se o tempo pudesse ser moldado como a plasticina...
Agora restam-me momentos captados pela objectiva da minha modesta máquina fotográfica... Momentos que deixaram o meu coração (e todo o meu ser) a transbordar de tranquilidade e de uma imensa alegria explicada pelo apego aquela terra que nasci e me marcou desde sempre...