terça-feira, 7 de dezembro de 2010

(grandes) Certezas

de costas voltadas, de Jorge Feteira (in: www.olhares.com)



De tudo, ficam apenas três coisas:
A certeza de que estamos sempre recomeçando...
A certeza de que precisamos de continuar...
A certeza de que seremos interrompidos antes de terminar...
Portanto,
Devemos fazer da interrupção um novo caminho,
da queda um passo de dança,
do sonho uma ponte,
da procura um encontro...

Fernando Sabino


quarta-feira, 10 de novembro de 2010


Você deve ser a própria mudança que deseja ver no mundo.

Gandhi



segunda-feira, 8 de novembro de 2010

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Somos o avesso um do outro...



... Quando duvidas, paras, e eu sigo em frente... Quando tens medo, eu tenho vontade; quando sonhas, eu pego nos teus sonhos e torno-os realidade, quando te entristeces, fechas-te numa concha e eu choro para o mundo; quando não sabes o que queres, esperas e eu escolho; quando alguém te empurra, tu foges e eu deixo-me ir.

Somos o avesso um do outro: iguais por fora, o contrário por dentro. Tu proteges-me, acalmas-me, ouves-me e ajudas-me a parar. Eu puxo por ti, sacudo-te e ajudo a avançar. Como duas metades teimosas , vivemos de costas voltadas um para o outro, eu sempre à espera que tu te vires e me abraces, e tu sempre à espera que a vida te traga um sinal, te aponte um caminho e escolha por ti o que não és capaz...

MRP


domingo, 31 de outubro de 2010

M.& L.

Detalhes de um dia feliz (da autoria de Hugo Tinoco)


Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, sou como bronze que ressoa ou como címbalo que retine.

Ainda que eu tenha o dom da profecia e conheça todos os mistérios e toda a ciência, ainda que eu possua a virtude da fé, a ponto de transportar montanhas, se não tiver amor, nada sou.

E ainda que reparta todos os meus haveres e entregue o meu corpo para ser queimado, se não tiver amor, de nada me aproveita.

O amor é paciente, o amor é benigno; não é invejoso, não é altivo nem orgulhoso; não é inconveniente, não procura o próprio interesse; não se irrita, não guarda ressentimento; não se alegra com a injustiça, mas alegra-se com a verdade; tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

O amor não acaba nunca.

Que o vosso amor se mantenha sereno, sonhador e, sobretudo, inspirador!


quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Talvez...

Guarda roupa, de Luís M. Cunha (in: www.olhares.com)


Como quem, pela manhãzinha, escolhe a roupa que vai vestir seria óptimo podermos escolher os nossos pensamentos...



terça-feira, 5 de outubro de 2010

Só mais uma volta...



Só mais uma volta
Só mais uma volta a mim
Só mais uma volta desta ninguém vai cair
Só mais uma vez que vês que ninguém está aqui
Queres só mais uma volta e desta ninguém vai cair

Tempo frio afasta o tempo que nos afastou

Primavera lança o laço que nos amarrou
Tempo quente dá vontade de não resistir
Queres só mais uma volta e desta ninguém vai cair

Ainda te sinto a seguir

o rasto que deixo a correr
ainda penso em ti...
pensa em mim,
mas só mais uma vez.

Diz-me ao que queres jogar que eu vou querer também

Diz-me quanto queres de mim para te sentires bem
Não te vejo bem ao longe não sei distinguir
Queres só mais uma volta e desta ninguém vai cair

Ainda te sinto a seguir

o rasto que deixo a correr
ainda penso em ti...
pensa em mim,
mas só mais uma vez.

Diz-me quanto tens de honesto, quanto tens de bom

Diz-me quantas provas queres, diz-me quanto sou
Já não sinto nada dentro, não sei perceber...
Queres só mais uma volta, desta ninguém vai dizer.

Ainda te sinto a seguir

o rasto que deixo a correr
ainda penso em ti...
pensa em mim,
mas só mais uma vez.



TIAGO BETTENCOURT & MANTHA


(Hoje acordei assim, com vontade de "devorar" todos os cd's do Tiago)



segunda-feira, 4 de outubro de 2010

A tempestade...

Desalento II, de Silvério Santos (in: www.olhares.com)

É tempo de apurar os estragos perceptíveis desta tempestade que devastou o meu ser.

Apesar de me sentir partida, desfeita em pedaços e de se apoderar de mim uma apatia que quase me deixa imóvel, não consigo evitar analisar milimetricamente tudo o que contribuiu para me sentir assim...
Sinto-me (ainda) pior por isso... por não conseguir despegar de mim esta análise cerebral, esta obsessão de encontrar (sempre que posso) relações de causa - efeito, interpretações falaciosas que, por breves momentos, parecem dar sentido ao que não tem necessariamente que fazer sentido...

sábado, 2 de outubro de 2010

(Sentimentos, de jOh - in: www.olhares.com)

Os dias prósperos não vêm ao acaso - são granjeados, como as searas, com muita fadiga e com muitos intervalos de desalento.

Camilo Castelo Branco


Chaga




Foi como entrar, foi como arder!
Para ti nem foi viver!
Foi mudar o mundo sem pensar em mim!

Mas o tempo até passou,
e és o que ele me ensinou:
uma chaga p'ra lembrar que há um fim!

Diz sem querer poupar meu corpo:
"Eu já não sei quem te abraçou."
Diz que eu não senti teu corpo sobre o meu!
Quando eu cair eu espero ao menos que olhes para trás!
Diz que não te afastas de algo que é também teu!

Não vai haver um novo amor,
tão capaz e tão maior,
para mim será melhor assim!
Vê como eu quero e vou tentar,
sem matar o nosso amor,
não achar que o mundo é feito para nós...

Foi como entrar, foi como arder!
Para ti nem foi viver!
Foi mudar o mundo sem pensar em mim!

Mas o tempo até passou,
e és o que ele me ensinou:
uma chaga p'ra lembrar que há um fim!

Uma chaga p'ra lembrar que há um fim...

ORNATOS VIOLETA

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Dados viciados

Os dados estão lançados, de João Alves (in: www.olhares.com)


Invade-me uma constante sensação de dejá-vu...
Soltam-se fragmentos de histórias passadas e (quase) esquecidas...
Perdem-se dentro de mim e perco-me nelas...
Mais uma vez, antevejo o desfecho deste jogo viciado...


domingo, 5 de setembro de 2010

A luta continua...



Bom mesmo é ir à luta com determinação, abraçar a vida com paixão,
perder com classe e vencer com ousadia,
pois o triunfo pertence a quem se atreve...
A vida é muito para ser insignificante!


Charles Chaplin


Porque há sempre qualquer coisa por fazer...

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Constatação

Dia dos Pais, de Ricardo Alfredo Santos (in: www.olhares.com)


Percebemos que realmente somos independentes quando os nossos pais dependem de nós (de uma mera opinião ou conselho nosso) para fazer algo aparentemente simples...



quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Arruma(recorda)ções

Up and down, de Lynn (in: www.olhares.com)


Ontem, porque o tempo não convidava a grandes saídas, foi dia de arrumações. E arrumações é, salvo raras excepções, sinónimo de recordações.

Ontem, recuei no tempo, voltei (por momentos) à minha infância e adolescência... e a minha memória libertou, das gavetas do passado, pedaços de recordações de todo o meu processo de crescimento, que contribuíram para a pessoa que sou hoje...


Por fim, fecho os caixotes, e dou por completa esta minha doce viagem... Guardados ficam
pedaços de história, da minha história!



domingo, 15 de agosto de 2010





As ruas da minha cidade
Abriram os olhos de encanto para te ver passar

As pedras calaram os passos
E as casas abriram janelas, só p'ra te ouvir cantar

Porque há muito, muito tempo
Não vinhas ao teu lugar
Ninguém sabia ao certo onde te procurar

Da próxima vez
Não vás sem deixar destino ou direcção
Se houver próxima vez, não esqueças
Leva contigo recordação e um beijo pendurado
Ao peito do teu coração

Quisemos saber como estavas
Se a vida tinha tomado bem conta de ti

Ou se a vida teve medo
E eras tu que a levava
, refugiada em ti

Cada Verão que passava, sentíamos-te chegar
Como era possível que o Sol se atrevesse a brilhar


Deves trazer tantas histórias
Tantas que algumas ficaram caídas por aí

Outras eu tenho a certeza, o teu fogo na alma queimou
Deixaram de existir

Só queremos saber se és a mesma que vimos partir
Não existe mundo lá fora que te possa destruir


Tenho a certeza que não sou a mesma que partiu, mas há coisas que nunca mudam...
Uma delas é saber-me bem os mimos daqueles que anseiam e alegram-se com o meu regresso às origens...

E é tão bom receber estes mimos...:-)


sábado, 14 de agosto de 2010

Agosto, mês de vi(r)agem!

No cimo da montanha, de Miguel Afonso (in: www.olhares.com)


Esperava, ansiosamente, este momento.
Como se estivesse chegado ao cimo de uma montanha, e antes de me preparar para a descida, fizesse uma pausa...

Depois desta subida árdua, não fui derrubada mas sinto-me mais forte! Agora só preciso de ficar aqui a olhar o céu, beber das cores quentes do pôr do sol e respirar este ar renovado.

Está breve um novo amanhecer...sinto-o!

Este Agosto é sinónimo de viagem (até às origens!) e de viragem...como já começo a querer estar "habituada"
...


A chegada

Nas nuvens, de Alexandre Carvalho (in: www.olhares.com)


Depois de um dia que começou cedo demais e de sentir o peso do cansaço desta longa viagem, não posso renegar a tranquilidade que me invadiu ao pisar o solo desta "minha" terra.

Já me tinha (quase) esquecido como sabe a serenidade, quando da nossa pequena janela vemo-nos a sobrevoar as nuvens... brancas e suspensas a fazer lembrar algodão doce...

Como é doce esta dádiva da Natureza, tão invisível e insignificante aos olhos dos demais que apenas anseiam pelo momento da aterragem e pelo fim desta viagem... Mas tento não pensar no seu desfecho e absorvo estes momentos, deixo-me invadir por essa serenidade, cada vez mais um artigo de luxo, nos dias que correm freneticamente...

Chego ao meu destino tranquila...(e não! não é apenas o cansaço que se apodera do meu ser)... começa agora a viagem, a minha viagem!




terça-feira, 10 de agosto de 2010

O futuro e o que nele projectamos...

Além do Horizonte, de Paulo Henrique Rodrigues (in: www.olhares.com)


"Somos e realizamo-nos em função de uma escala temporal dividida entre passado, presente e futuro. Não somos sem tempo. Não existimos fora dele. Por muito que nos isolemos ou que tentemos não pensar o tempo está lá. Sempre.

Não é pois por acaso que a nossa relação com o tempo condiciona aquilo que somos, o que fazemos, a forma como vivemos e o que sentimos...

A dimensão temporal «futuro» está a transformar-se numa das nossas angústias existenciais mais limitativas. Até por questões culturais e de educação, o futuro é-nos apresentado como incerto, o lugar de todas as possibilidades (desconhecidas e incertas), o lugar onde tudo pode acontecer, o lugar que não podemos controlar. O lugar da concretização dos nossos desejos e dos nossos sonhos mas, igualmente, o lugar da ansiedade e da angústia face à possibilidade de não conseguirmos. O lugar onde podemos vir a sofrer. O lugar onde podemos vir a não ser...

De facto, a nossa felicidade passa muito pela forma como somos ou não capazes de nos projectar no futuro. Embora podendo estar a passar por um momento difícil, aquilo que verdadeiramente nos paralisa é a possibilidade da nossa situação angustiante se manter ou agravar-se. E, nestes momentos de angústia, passamos a sentir não tanto a vivência do momento mas o receio de que o momento angustiante se venha a agravar, que seja algo interminável...

Ver o futuro como um lugar inseguro é uma atitude de sabotagem da nossa própria acção e das nossas capacidades, da nossa força de vontade. Uma atitude de sabotagem daquilo que nos faz ultrapassar os obstáculos (naturais) que a vida nos apresenta (e nos apresentará sempre)! Força de vontade que é inata em nós mas que, tantas vezes, não usamos.

Por isso, deixemo-nos de pensar nas incertezas e naquilo que podemos perder no futuro. Concentremo-nos, em vez disso, naquilo que podemos vir a ganhar. Concentremo-nos em tudo aquilo que enche os nossos corações de felicidade. Veremos que, no futuro, a felicidade que projectamos estará lá..."

Teresa Marta
Consultora de Bem-estar e Desenvolvimento Pessoal


Tela

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

No limite...

Fúria, de Vítor Manuel Ribeiro (in: www.olhares.com)


Há dias em que tudo leva a crer que nos estão a testar os limites...

Pelo sim pelo não, mais vale "engolir" água do que fazer rebentar a ondulação naqueles que a provocaram nas profundezas do nosso ser!!



sábado, 7 de agosto de 2010

A ver vamos...


[porque] tentas de novo...

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Finalmente sexta-feira!

Innocent walk, de Daniela Sousa (in: www.olhares.com)


Custou mas consegui sobreviver a mais uma semana " cheia" de trabalho, insónias, revelações e muitas emoções à mistura!

domingo, 1 de agosto de 2010

Quando dás um pouco mais...




Tem mais sabor se é por amor
brilha mais o que é bonito
Kuya bué... se for sem pé! Kuya bué... se for na fé!
É bom sinal, se é natural deixa fluir
Gosto quando dás um pouco mais de ti,
Fico feliz quando dás um pouco mais de ti!


Deixa cair o véu, prometo não cairá o céu, deixa-te revelar... prometo, a música vai te embalar
Vá...deixa-te levar de olhos fechados, tens que te abandonar para poder voar
Gosto tanto quando dás um pouco mais de ti,
Fico feliz quando dás um pouco mais de ti!


Balança na mudança, com esperança, flutua balançando feito criança.
O nosso bailoço é...? O meu baloiço é...?

Uma trança de cabelo de uma deusa do Olimpo celeste!
Que a beleza sempre se manifeste!
deixa-te levar prometo a música vai te embalar,
Sente a frescura: brisa doce na cara


Edifica positiva,
Energiza, saboreia o dia...


Sara Tavares


Em contagem decrescente...

Em contagem, de Cláudia (in: www.olhares.com)


... para as férias e o regresso às origens!


segunda-feira, 26 de julho de 2010

Estou à tua espera..., de Maria (in: www.olhares.com)


Acabaremos nós sempre por chegar onde nos esperam...?

E será que nos esperam mesmo?!


domingo, 25 de julho de 2010

Em frente, de Vieirinha (in: www.olhares.com)


"Vamos crescendo, mudando de forma, deparamo-nos com algumas fraquezas que têm de ser corrigidas, nem sempre escolhemos a melhor solução, mas apesar de tudo continuamos em frente, tentando manter-nos erectos, correctos."


Paulo Coelho (Zahir)


De vez em quando...

Cais ao amanhecer, de Patrícia Espada (in: www-olhares.com)


... E de quando em vez voltamos a um (qualquer) cais de onde, um dia, içámos âncoras e partimos em busca de novos destinos, convictos que nunca regressaríamos... Contudo, a vida é demasiado imprevisível, o "nunca" um termo dúbio e vezes sem conta vemos que nos trocaram as voltas!

Nos últimos tempos, na mesma medida em que vou em busca de novos destinos, vejo-me a regressar a lugares passados... talvez por navegar ao sabor do vento e nem sempre este me guiar rumo ao desconhecido...

E agora que os revisito vejo-os com um outro olhar, percebo-lhe as diferenças e confronto essas constatações com os apontamentos do meu pequeno diário de bordo, e pouco parece estar em consonância...

Porque voltei?
Será que no passado a minha passagem por cá não fazia qualquer sentido e foi um mero "acidente de percurso", um desvio forçado para evitar alguma tempestade em alto mar?
Será que desta vez, este acaso não é por acaso...?
Será uma forma de recuar no tempo e substituir as reticências finais por novos dados concretos e, assim, encerrar definitivamente um capítulo?



segunda-feira, 19 de julho de 2010

E de repente...

Praia Vieira Sunset, de Ricardo Gouveia (in: www.olhares.com)


... parece que toda a gente está de férias menos eu,
e ainda faltam duas eternidades e meia até que a minha vez chegue!



terça-feira, 13 de julho de 2010

Um contra o outro...



Anda
Desliga o cabo que liga a vida a esse jogo
Joga comigo um jogo novo
Com duas vidas - Um contra o outro

Já não basta esta luta contra o tempo
Este tempo que perdemos a tentar vencer alguém
E ao fim ao cabo que é dado como um ganho
Vai-se a ver desperdiçarmos sem nada dar a ninguém

Anda
Faz uma pausa, encosta o carro, sai da corrida
Larga essa guerra que a tua meta
Está deste lado da tua vida

Muda de nível, sai do estado invisível
Põe o modo compatível com a minha condição
Que a tua vida é real e repetível
Dá-te mais que o impossível se me deres a tua mão

Sai de casa e vem comigo para a rua
Vem, que essa vida que tens
Por mais vidas que tu ganhes
É a tua que mais perde se não vens...

Anda
Mostra o que vales, tu nesse jogo vales tão pouco
Troca de vício por outro novo
Que o desafio é corpo a corpo

Escolhe a alma, a estratégia que não falha - o lado forte da batalha
Põe no máximo que der

Dou-te a vantagem: tu com tudo e eu sem nada
Que mesmo assim desarmada, vou-te ensinar a perder

Sai de casa e vem comigo para a rua
Vem, que essa vida que tens
Por mais vidas que tu ganhes
É a tua que mais perde se não vens...

(Deolinda)



quinta-feira, 8 de julho de 2010


...Feliz quem, por ter em coisas mínimas
Seu prazer posto, nenhum dia nega
a natural ventura!


Ricardo Reis

Cada dia sem gozo não foi teu

segunda-feira, 5 de julho de 2010

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Porquê?

desespero, de Catarina Miranda (in: www.olhares.com)



Por que motivo recuamos quando devíamos avançar?
E agimos quando mais valia estarmos bem quietos?

(... é que já não suporto ouvir aquela voz interior a dizer-me constantemente
"...Eu bem sabia que devias ter estado bem sossegadinha!!!
eu bem sabia!...")


terça-feira, 29 de junho de 2010

(Lido algures...)

O barco do tónho basqueiro, de Carlos Vicente (in: www.olhares.com)

Por vezes, a falta de energia leva-nos a deixar de acreditar que alguma vez sejamos capazes de conseguir chegar ao que queremos.
Abandonamos o barco ainda antes de sair do porto e a nossa viagem foi apenas imaginária...


domingo, 27 de junho de 2010




Pára de chorar
E dizer que nunca mais vais ser feliz
Não há ninguém a conspirar
Para fazer destinos
Negros de raiz
Pára de chorar
Não ligues a quem diz
Que há nos astros o poder
De marcar alguém
Só por prazer
Por isso pára de chorar
Carrega no batom
Abusa do verniz
Põe os pontos nos Is
Nem Deus tem o dom
De escolher quem vai ser feliz

Pára de sorrir
E exibir a tua felicidade
Só por leviandade
Se pode sorrir assim
Num estado de graça
Que até ofende quem passa
Como se não haja queda
No Universo
E a vida seja moeda
Sem reverso
Por isso pára de sorrir
Não abuses dessa hora
Ela pode atrair
O ciúme e a inveja
Tu não perdes pela demora
E a seguir tudo se evapora

Rui Veloso, Canção de Alterne



sábado, 26 de junho de 2010

Luz

Nas mãos de uma criança, de Nelson Afonso (in: www.olhares.com)


Se está a procurar crescer, observe os outros, mais jamais procure agir exactamente como eles. Cada pessoa tem um caminho diferente na vida. Não nos transformamos em mestres, porque sabemos repetir o que estes fazem, mas porque aprendemos a pensar por nós mesmos.

Descubra a sua própria luz ou passará o resto da sua vida como um pálido reflexo da luz alheia!


Alexandre Rangel

O que podemos aprender com os gansos


quinta-feira, 24 de junho de 2010

Cobiça a quanto obrigas...



Ultimamente, por diversas vezes, apercebo-me de pessoas que parecem viver uma vida que não é a delas. Estão constantemente de olhos postos em alguém que admiram, na mesma medida que invejam e cobiçam o que têm, o que fazem, o que desejam...

Passam a tentar alcançar um objectivo que não é o seu, a tentar (a todo o custo!) ocupar um lugar que não é o seu, a medir (milimetricamente!) o grau de felicidade da outra pessoa para poder demonstrar que é ainda mais feliz e o grau de tristeza e desânimo numa tentativa de desmoralizar e, assim, ganhar alguma espécie de vantagem em relação ao outro. E não é porque as faça mais felizes...mas, por momentos, alimenta o Ego, e isso dá-lhes a sensação de que são poderosas!

Quando conheço mais uma pessoa que encaixa perfeitamente neste papel de personagem secundária que, ao sentir-se ofuscada, só entra em cena quando o actor principal está aparentemente desprotegido e frágil, pois só assim poderá tirá-lo do palco, de preferência antes que os aplausos surjam, nada mais me ocorre que a história da Gata Borralheira e das suas irmãs invejosas que, a todo o custo, queriam que o sapato perdido na noite do baile do Príncipe lhes servisse nos pés...Por muitas interessadas, o sapato apenas serviu a uma - a própria dona!

E pergunto (porque me faz imensa confusão) por que motivo há pessoas que investem tanta energia nisso?

Tenho cá para mim que é, sim, uma tentativa de camuflar uma insegurança e frustração desmedidas, por não conseguirem sequer seguir os seus sonhos e lutar para que eles se concretizem...e para se sentirem menos mal com isso lá vão fazendo de conta que são umas exímias lutadoras!



É que isto de lutar dá uma trabalheira, nem sempre surte resultados à primeira tentativa, requer persistência... mas como há quem, mesmo assim, não baixe os braços, mais vale ficar-se sossegadinho à espera que alguém se ponha a jeito, mostre o caminho desbravado, para que se possa traçar um atalho alternativo e quiçá ainda lá se chegar primeiro! Pena que só percebam, tarde demais, que os atalhos raramente levam a bom porto... e resultados? poucos ou nenhuns....ah pois é!


Bem... restam sempre duas hipóteses:
assumirem o papel de vítimas

ou reduzirem as conquistas de outrem a uma questão de sorte!!




quarta-feira, 23 de junho de 2010

segunda-feira, 21 de junho de 2010

O Verão chegou...

Verão no Rio, de Paulo Roberto Teixeira Barbosa (in: www.olhares.com)


E com ele, estão cada vez mais próximas as férias, o regresso às origens, as tradicionais festinhas de verão, os passeios à beira-mar, os gelados, as esplanadas e as caipirinhas
...




domingo, 20 de junho de 2010

O segredo da felicidade

A chave do segredo, de Alexandra Llorente Saraiva (in: www.olhares.com)


Diz, uma história antiga, que os deuses tinham muito medo de que o ser humano fosse perfeito, pois, se assim fosse, não precisariam mais deles. Resolveram reunir-se para decidir o que fazer. O mais sábio dos deuses disse:

- Vamos dar ao homem tudo o que pudermos, menos o segredo da felicidade.

- Mas os humanos, como são muito inteligentes, vão acabar também por por descobrir esse segredo! - disseram os outros deuses em coro.

- Não, isso não vai acontecer - disse o sábio. - Vamos esconder a felicidade num lugar onde eles nunca irão encontrar: dentro de eles mesmos!


sexta-feira, 18 de junho de 2010

José Saramago (1922-2010)


“Dentro de nós há uma coisa que não tem nome,
essa coisa é o que somos.”


______________________________________

José Saramago nunca abdicou de pensar por si próprio, mesmo que isso
"incomodasse" umas quantas pessoas... e é por isso que será sempre recordado!


quarta-feira, 16 de junho de 2010

Tentar...

A tentação, de António Manuel Pinto da Silva (in: www.olhares.com)


1. Buscar, procurar, tratar de conseguir...
2. Instigar, induzir ao mal...
3. Empreender, intentar...
4. Pretender, diligenciar...
5. Mostrar o intento de...
6. Exercitar, experimentar...
7. Provocar...
8. Arriscar...
9. Pôr à prova...
10. Expor-se a...
11. Aventurar-se...
12. Deixar-se seduzir...


segunda-feira, 14 de junho de 2010

Porque...

Tu e a ausência de ti, de Batata (in: www.olhares.com)


Por muitas conquistas e objectivos superados...
Muita alegria e a sensação de se estar de bem com a vida...
Parece haver sempre um pedaço de nós incompleto...
escuro, de difícil acesso, frio e, aparentemente, impreenchível!




sexta-feira, 11 de junho de 2010

Em contagem decrescente...

Linha de comboio, de Luís Ricardo (in: www.olhares.com)

Para o fim-de-semana por outras paragens...


quarta-feira, 9 de junho de 2010

Sem sombra de dúvidas, de Sonya


Cada passo que dás
ao meu encontro

é um gelo de mãos

sobre o meu corpo inteiro.

Revolve-me o espaço

confunde-me as distâncias...



João Miguel Henriques (in: O Sopro da Tartaruga)


sexta-feira, 4 de junho de 2010

Um novo amanhecer...

Cores na Carrasqueira, de Jorge Nelson Alves (in: www.olhares.com)


Olhar fixo na linha do horizonte... lá, onde o dia e a noite trocam carícias tão fugazmente, o amanhecer parece ainda mais belo e intenso quanto incrivelmente longínquo.

Gosto de aqui ficar a contemplá-lo e a tentar apurar quanto medirá a lonjura que nos separa mas acabo, inevitavelmente, por me perder nos cálculos.

É então que me lanço ao mar e aposto no desconhecido. Não sei o que me espera, que tempestades terei de ultrapassar, que lutas terei de travar (comigo mesma) para não me deixar vencer pelo desânimo, quantas vezes me terei de perder para me encontrar, quantos os momentos em que me sentirei à deriva ou com medo, esse medo que me paralisa e faz sentir só...

Mas o vento parece estar de feição... porque teimar em remar contra a maré ou manter-me neste cais, onde permaneci, confortavelmente, (talvez) demasiado tempo?

Evito olhar para trás, para que não me sinta tentada a recuar. Desta vez é diferente... sou eu que quero ir, sou eu que sei que nesse cais faz frio demais para apostar em ti, em nós!

Quebro as amarras que me prendem a ti, levando comigo somente o que mudaste em mim... e vou lembrar-me de ti em cada anoitecer, feliz por saber que a noite é efémera e sempre dará lugar a um novo amanhecer...


quarta-feira, 2 de junho de 2010

Ser criança...

Olhar de uma criança, de Kim Ramalho (in: www.olhares.com)


Ontem, as crianças sairam às ruas, enchendo-as de cor e alegria, para comemorar o seu dia!
Inevitavelmente, viajamos pelo nosso imenso mundo das memórias e regressamos à nossa infância.

Recordo, uma vez mais, como fui uma criança feliz! Uma menina "senhora do meu nariz", ávida de conhecimento, criativa na forma de contornar os "nãos" que ouvia...com todo o tempo do mundo para aprontar mais alguma asneira!

Mas do que eu tenho mais saudades é de receber mimos, sem parecer frágil e carente. De acreditar que só existem pessoas más na ficção! De ter a capacidade de perdoar e esquecer alguma coisa que me fazem ou dizem... sem guardar qualquer mágoa! De não ter medo de arriscar, de cair e de me levantar com mais força para chegar à meta traçada! E de sonhar, sonhar muito, acreditando que há sempre uma forma de tornar possível cada um desses sonhos!



terça-feira, 1 de junho de 2010

Não custa tentar!!

Ask Ölmez, de David (in: www.olhares.com)


Sinto-me tentada a experimentar ver o mundo ao contrário,
pode ser que assim muita coisa passe a fazer (algum) sentido...




domingo, 30 de maio de 2010

Caminhos que se cruzam, marcas que se perdem, de Leila Lage (in: www.olhares.com)



O acaso é um grande fazedor de destinos.
..




quinta-feira, 27 de maio de 2010

DiA NãO!!



Hoje foi um daqueles dias em que, se pudesse, partia a loiça toda...

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Desespero, de Nokas (in: www.olhares.com)


Em busca de um sentido para aquele silêncio imprevisível, inquietante, ensurdecedor...

Um silêncio estanho que (estranhamente) causou estragos cá dentro.