quinta-feira, 24 de junho de 2010

Cobiça a quanto obrigas...



Ultimamente, por diversas vezes, apercebo-me de pessoas que parecem viver uma vida que não é a delas. Estão constantemente de olhos postos em alguém que admiram, na mesma medida que invejam e cobiçam o que têm, o que fazem, o que desejam...

Passam a tentar alcançar um objectivo que não é o seu, a tentar (a todo o custo!) ocupar um lugar que não é o seu, a medir (milimetricamente!) o grau de felicidade da outra pessoa para poder demonstrar que é ainda mais feliz e o grau de tristeza e desânimo numa tentativa de desmoralizar e, assim, ganhar alguma espécie de vantagem em relação ao outro. E não é porque as faça mais felizes...mas, por momentos, alimenta o Ego, e isso dá-lhes a sensação de que são poderosas!

Quando conheço mais uma pessoa que encaixa perfeitamente neste papel de personagem secundária que, ao sentir-se ofuscada, só entra em cena quando o actor principal está aparentemente desprotegido e frágil, pois só assim poderá tirá-lo do palco, de preferência antes que os aplausos surjam, nada mais me ocorre que a história da Gata Borralheira e das suas irmãs invejosas que, a todo o custo, queriam que o sapato perdido na noite do baile do Príncipe lhes servisse nos pés...Por muitas interessadas, o sapato apenas serviu a uma - a própria dona!

E pergunto (porque me faz imensa confusão) por que motivo há pessoas que investem tanta energia nisso?

Tenho cá para mim que é, sim, uma tentativa de camuflar uma insegurança e frustração desmedidas, por não conseguirem sequer seguir os seus sonhos e lutar para que eles se concretizem...e para se sentirem menos mal com isso lá vão fazendo de conta que são umas exímias lutadoras!



É que isto de lutar dá uma trabalheira, nem sempre surte resultados à primeira tentativa, requer persistência... mas como há quem, mesmo assim, não baixe os braços, mais vale ficar-se sossegadinho à espera que alguém se ponha a jeito, mostre o caminho desbravado, para que se possa traçar um atalho alternativo e quiçá ainda lá se chegar primeiro! Pena que só percebam, tarde demais, que os atalhos raramente levam a bom porto... e resultados? poucos ou nenhuns....ah pois é!


Bem... restam sempre duas hipóteses:
assumirem o papel de vítimas

ou reduzirem as conquistas de outrem a uma questão de sorte!!




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