quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Princesa, de Rute (in: www.olhares.com)


Não... Não posso deixar que entres sem bater à porta... Esbarres naquilo que sou hoje... E mines as minhas (poucas) convicções, firmadas pelos acontecimentos dos últimos meses...

Deixa-me continuar a juntar todos os pedaços de mim, um a um, aqueles que estão espalhados pelo chão do meu quarto, e com eles construir o meu castelo...

Deixa-me sonhar e viver um conto de fadas com o meu cavaleiro errante... Aquele que ousou parar, retirar a armadura de ferro e olhar bem no fundo do meu ser a fim de me descobrir ao mesmo tempo que se dava a conhecer... sem pressas... ao contrário de ti que desapareceste, partiste para parte incerta, sem (ao menos) te despedires... sem dizeres porque foste embora...

Não me tentes impedir de (re)descobrir o amor nas pequenas coisas:
Num gesto, num olhar, num sorriso, num poema partilhado, num silêncio cúmplice... dia após dia...


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