terça-feira, 8 de março de 2011

Espaço impossível




Se és de ferro queres quebrar,
Se és de pedra queres sentir,
Se és de vento queres ter paz,
mas se encontras queres fugir.
Se tens vida queres mudar, mas se mudas não te vês.
Quem procura encontrar, quem encontra para esquecer.

Como a noite amanhece, qualquer santo enlouquece.

Quando acordas queres amar, e que o mundo faz-te frio,
como água quer ser mar e chuva quer ser rio.
Se és semente queres crescer, mas sem água vais secar,
vais ser tu a ir buscar o que o mundo não te der.

Como a noite amanhece, qualquer santo enlouquece.

Queres o espaço impossível, queres arder o que apagou,

queres a escolha que passou.
Mas tudo é o que tem de ser, tudo flui ou te faz crescer.
Levo para o mar,
Tudo é o que tem de ser, tudo é o que tem de ser.


Quando dói não vais gostar, mas não sais sem repetir.

quando voltas dói-te mais, mas não sabes resistir.
Porque pomba quer ser águia e a águia o falcão,
como um mar quer tempestade, e a tempestade furacão.
vais prender-te ao precipício, porque o perigo é um vício.

Queres o espaço impossível, queres arder o que apagou,
queres a escolha que passou.
Mas tudo é o que tem de ser, tudo flui ou te faz crescer.
Levo para o mar
Tudo é o que tem de ser,

tudo é o que tem de ser, tudo tem de ser,
tudo tem que ser. Tudo é o que tem de ser,
tudo é o que tem de ser.

Levo para o mar...

Tiago Bettencourt



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