quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Hoje apetecia-me....

Olhar o Mar, de Américo da Conceição - in: www.olhares.com

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Percursos

Women in Red, de Hugo Macedo (in: www.olhares.com)


Por inúmeras vezes (mais do que aquelas que desejávamos!) somos assombrados por dúvidas que nos parecem arrefecer as convicções!
Ficamos imobilizados pelo medo de estarmos a andar na direcção errada. Olhamos para trás e imaginamos o percurso paralelo. Sentimo-nos numa encruzilhada sem indicação do percurso mais acertado para nós. Corremos para os nossos amigos (das boas e más horas!) e, fragilizados, partilhamos a(s) nossa(s) dúvida(s) existencial(ais). Pedimos-lhes opinião. Ouvimo-los com a máxima atenção. Eliminamos da nossa memória os aspectos menos importantes e sublinhamos as dicas que, a nosso ver, nos serão fundamentais para a decisão final.
Entretanto, ouvimos mais umas opiniões... Reflectimos... Ouvimo-nos a nós mesmos... E voltamos a reflectir....
Finalmente damos um pequeno passo... recuamos dois... damos mais um passo e.... estamos exactamente no ponto de partida mas... com mais dúvidas ainda!

Enquanto andamos nisto, a vida não pára de nos fornecer pistas (muitas delas aparentemente imperceptíveis, sobretudo para os mais distraídos...).

Por fim, acabamos por nos decidirmos por um caminho, mais ou menos confiantes, mais ou menos convencidos de que fizemos a escolha acertada... (o tempo encarregar-se-à de nos dar razão ou criar um atalho...). Saboreamos aquela que consideramos a ultrapassagem do Cabo das Tormentas.

Muitos acabam por passar uma vida iludidos de que foram os comandantes desta caravela dos descobrimentos em terras de incertezas e decisões quando, na verdade,quem tomou o comando foi a própria vida que se esgota nos passos que damos e que não nos deixa encostar à berma e vê-la passar à nossa frente!!!


sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Querido 2010...

Calendário Solar "Asteca", de Emerson Luís de Souza (in: www.olhares.com)

Querido 2010, quero desejar-te as boas vindas!
Dizer-te que espero que superes o ano que findou. Não que ele tenha sido mau para mim, mas porque simplesmente quero mais de ti.

Não quero começar esta caminhada contigo com o pé esquerdo, mas sim de mão dada, olhando fixamente a linha do horizonte, pois é para lá que vamos...

Antes de mais preciso dizer-te que:

Estou preparada para seguir em frente!
Para superar os meus medos, contrariar a minha vontade de dar um passo atrás.

Estou preparada para ultrapassar contigo os (inevitáveis) dias menos bons.
Fazer tudo para ultrapassar, com distinção, todos os obstáculos que surgirem. Não vamos ceder perante eles!

Estou preparada para saborear cada conquista.

Estou preparada para surpreender e ser surpreendida.
Mimar e ser mimada.
Amar e ser amada.
Dar de mim e receber dos outros (sem reservas)
Rir e chorar. Falar e ouvir. Avançar e recuar.
E sonhar... Sonhar muito!


Vamos a isso, não há tempo a perder...



segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Açores = Turismo Sustentável de qualidade

Foto 1 - Açores - Maio de 2008, de Rui Cordeiro (in: www.olhares.com)


Foto 2 - Lagoa do Fogo - São Miguel (Açores), de João (in: www.olhares.com)


Foto 3 - Sete Cidades - São Miguel (Açores), de Ludgero (in: www.olhares.com)



Haverá poucos destinos no Mundo em que a Natureza se mostra tão generosa e surpreendente para o visitante como os Açores.

Ano após ano, em cada uma das nove ilhas, e muito especialmente nas menos povoadas, a acção da natureza exprime-se com surpreendente fogosidade neste canto do mundo chamado Açores, onde a acção do homem é mais tímida e visivelmente mais contida.

Por isso mesmo, o arquipélago dos Açores foi considerado pela National Geographic o segundo Melhor destino do Mundo para o Turismo Sustentável.


sábado, 19 de dezembro de 2009

Hora de partir...

de partida, de Miguel Ângelo Araújo Almeida (in: www.olhares.com)

Há muito que aguardava este delicioso momento da partida.
Vou viajar para recuperar energias.
Reconquistar o tempo roubado aos afectos da minha família.
Vou ao encontro da paz e da tranquilidade. Colocar as ideias em ordem.
Procurar respostas. Apaziguar inquietações antigas.
Vou em busca de mim mesma...

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009


Há muito que aguardava o nosso (re)encontro...
Poder a
bsorver a doçura do teu olhar e do teu sorriso.
Saber de ti...
Encontrar-te em mim, num cantinho especial que faz de ti uma pessoa ainda mais especial...
Viver cada minuto, alheia a tudo o que se passava à nossa volta e...
Não conseguir disfarçar o sorriso de felicidade de te ter por perto!!

sexta-feira, 20 de novembro de 2009


antes do sol chegar, de Mara Mitchell (in: www.olhares.com)

E de novo acredito

Que nada do que é importante

Se perde verdadeiramente.

Apenas nos iludimos,

Pensando ser donos das coisas,

Dos instantes e dos outros.

Comigo caminham todos os mortos que amei,

Todos os amigos que se afastaram,

Todos os dias felizes que se apagaram.


Não perdi nada,

Apenas a ilusão de que tudo podia ser meu para sempre...



Poeta Escondido

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Make up, de Luís Leite (in: www.olhares.com)



"...Sonhos que sonhei, onde estão? - Horas que vivi, quem as tem?
De que serve ter coração e não ter o amor de ninguém?
Beijos que te dei, onde estão? - A quem foste dar o que é meu?
Vale mais não ter coração do que ter e não ter, como eu..."

Sol de Inverno (Simone de Oliveira)

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Carrasqueira III, de Rui Calçada (in: www.olhares.com)


“Há um tempo em que é preciso

abandonar as roupas usadas
Que já têm a forma do nosso corpo…
E esquecer os nossos caminhos que
nos levam sempre aos mesmos lugares.
É o tempo da travessia
E se não ousarmos fazê-la
Teremos ficado para sempre
À margem de nós mesmos.”

Travessia, Fernando Pessoa

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Um lugar, de Inês (in: www.olhares.com)

As coisas simples são sem dúvida o melhor da nossa vida
Mas complicamos tanto que ela fica sem saída...
(...)
Emoções puras, coisas simples, boas vibrações
Simpifica os sentimentos, momentos e relações
Vamos celebrar a vida, não nos faltam razões
Não existem problemas, só existem soluções!

Outro Nível, Da Weasel

Segunda-feira....:(

Aborrecimento, de Rute (in: www.olhares.com)


Detesto a segunda-feira...
nem o facto de ser feriado me parece animar...

sábado, 3 de outubro de 2009

...Porque o amor se cansou..., de Carla Salgueiro (in: www.olhares.com)


"Sempre existe no mundo uma pessoa que espera a outra. E quando essas pessoas se cruzam, e seus olhos se cruzam, e seus olhos se encontram, todo o passado e todo o futuro perde qualquer importância, e só existe aquele momento, e aquela certeza incrível de que todas as coisas debaixo do sol foram escritas pela mesma Mão. A Mão que desperta o Amor, e que fez uma alma gémea para cada pessoa que trabalha, descansa e busca tesouros debaixo do sol..."

Paulo Coelho
S'Agaró, de Salvador Sabater (in: www.olhares.com)

Recuso-me a aceitar que estive tão perto e, ao mesmo tempo, tão longe de ti...
Recuso-me a confirmar que és ainda mais importante do que julgava...
Quando te julgo como perdido, como tão proximamente distante...

Apetece-me chorar! mas recuso-me a deixar que o sol me seque as lágrimas...
Não quero, sequer, ver a luz do dia!

Hoje sinto o mar revolto dentro de mim... O rebentar [violento] das suas ondas na minha cabeça...
Emoções à flor da pele - espessas, ambíguas, contraditórias...

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Princesa, de Rute (in: www.olhares.com)


Não... Não posso deixar que entres sem bater à porta... Esbarres naquilo que sou hoje... E mines as minhas (poucas) convicções, firmadas pelos acontecimentos dos últimos meses...

Deixa-me continuar a juntar todos os pedaços de mim, um a um, aqueles que estão espalhados pelo chão do meu quarto, e com eles construir o meu castelo...

Deixa-me sonhar e viver um conto de fadas com o meu cavaleiro errante... Aquele que ousou parar, retirar a armadura de ferro e olhar bem no fundo do meu ser a fim de me descobrir ao mesmo tempo que se dava a conhecer... sem pressas... ao contrário de ti que desapareceste, partiste para parte incerta, sem (ao menos) te despedires... sem dizeres porque foste embora...

Não me tentes impedir de (re)descobrir o amor nas pequenas coisas:
Num gesto, num olhar, num sorriso, num poema partilhado, num silêncio cúmplice... dia após dia...


quinta-feira, 24 de setembro de 2009

(Re)Encontros

Clones, de Eduardo Nunes (in: www.olhares.com)

A vida mostra-se-nos tão imprevisível que, não raras vezes, damos de caras com pessoas que pensávamos perdidas algures, no trilho já percorrido até o momento presente.
Foi o que me aconteceu esta semana...
De repente, estavas à minha frente, a sorrir, aparentemente feliz pelo reencontro...
Eu também o estava, confusa (novamente) ao me aperceber que, na minha mente, foram abertas uma série de gavetas com recordações, de acontecimentos passados, envoltas em pontos de interrogação...

O mais estranho é que pareço ainda não ter desprendido de mim aquela sensação de que o tempo parece não ter passado (entre nós)... Aliás parece ter sido preenchido, não do aparente vazio que se instalou quando seguimos caminhos paralelos, mas de um misto de proximidade, complementaridade e de crescimento mútuo...

Mais estranho ainda é que o (nosso) passado e o recente (re)encontro do presente ainda não me saíram do pensamento...



domingo, 6 de setembro de 2009

Apeteceu-me..., de Rita Teixeira (in: www.olhares.com)

Esquecemo-nos do que é esperar; é quase um espaço abandonado.
E, no entanto, o nosso maior tesouro é o de sermos capazes de esperar pelo momento certo.
Toda a existência espera pelo momento certo.
Até as árvores o sabem, quando chega o momento de florescerem e quando chega o momento de deixarem cair as folhas e ficarem despidas. Continuam bonitas nessa nudez, com a confiança de que a velha folhagem se foi e de que a nova em breve chegará, quando novas folhas começarem a crescer.



segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Última estrela a desaparecer, de Vieirinha (in: www.olhares.com)


"Vem por aqui" - dizem-me alguns com olhos doces,

Estendendo-me os braços, e seguros

De que seria bom se eu os ouvisse

Quando me dizem: "vem por aqui"!
Eu olho-os com olhos lassos,

(Há, nos meus olhos, ironias e cansaços)

E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...
(...)
Como, pois, sereis vós
Que me dareis machados, ferramentas, e coragem

Para eu derrubar os meus obstáculos?...

Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,

E vós amais o que é fácil!

Eu amo o Longe e a Miragem,

Amo os abismos, as torrentes, os desertos...

(...)

Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou,

- Sei que não vou por aí.

Cântico Negro, de José Régio

(...e não raras vezes isso basta-nos para continuarmos...)

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Há sempre um deus fantástico nas casas, de Mar de Sonhos (in: www.olhares.com)


"Depois de tantos anos, deixamos de viver na casa e passamos a ser a casa onde vivemos.

É como se as paredes nos vestissem a alma."


Mia Couto

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Derramava-te o Sol, de J. Pedro Martins (in: www.olhares.com)



Deixa-me amar-te em silêncio,
sem que saibas,
sem compromisso, sem promessas,
sem mágoas, sem sofrimento...
Deixa-me continuar a alimentar a ilusão
de que não te sou indiferente
e de que um dia me amarás na mesma medida...
Deixa-me oferecer-te o meu coração
deixar-te entrar, sem que te dês conta...
Deixa a ilusão permanecer!
(Se resistir a qualquer obstáculo poderá ser o princípio de tudo...)

domingo, 9 de agosto de 2009

Porque (ainda) esperamos?

Senta-te ao pé de mim, de Sara Ferrer (in: www.olhares.com)


Por entre noites mais ou menos perdidas e dias mais ou menos intermináveis acabamos por esperar demasiado tempo pelo momento da mudança que queremos para a nossa vida.
Contudo, não rara vezes, essa espera pesa, torna-se espessa e até mesmo dolorosa... e continuamos ali, sentados, a aguardar (in)pacientemente.

Será que a culpa é do vento de mudança que tarda? Do percurso que terá de fazer até nos atingir?
Ou partilharemos dessa culpa porque nos acomodamos e enquanto nada acontece, nada fazemos para que aconteça?

É por isso que ao sermos espectadores da nossa existência, sofremos quando a vemos caminhar para onde não queremos ir, mas assistimos, impávidos e impotentes, ao curso natural das coisas.
(Margarida Rebelo Pinto, Não há coincidências)

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Um ano depois...

Velhos barcos, de Maximino Gomes (in www.1000imagens.com)

Um ano depois volto a este cais, onde outrora me refugiei de tempestades que habitavam o meu ser.
Fecho os olhos e relembro esta última viagem e percebo que fiz coisas que para mim eram impensáveis de fazer, até há um tempo atrás...mas deixei outras por fazer... umas vezes contrariada, outras não...
Criei oportunidades que agarrei e perdi horas de sono para decidir se havia de aceitar outras... acabei por as recusar...
Dei o meu melhor mesmo pensando que havia mais qualquer coisa que podia ter feito...
Deparei-me com vitórias, que pareceram ser ignoradas por outros, para que fossem esquecidas rapidamente...
Deparei-me com erros, que pareceram ser sublinhados por outros... para que não passassem despercebidos...
Decepcionei-me com pessoas que jamais pensei que me pudessem decepcionar e decepcionei outras...
Senti-me próxima de pessoas que agora estão ainda mais afastadas de mim.. distanciei-me de outras, por opção, sabendo que as poderia magoar... Aproximei-me de outras que estavam distantes...
Acreditei em quem não devia e desconfiei de quem merecia a minha confiança...
Ri, chorei, sonhei e caí na realidade...
Partilhei alegrias, tristezas e dúvidas... e vi-me envolvida em problemas que não eram meus... Acabei por lutar por causas que não eram as minhas... e por não conseguir lutar por aquelas em que acredito...

Conheci pessoas de quem gostei e de quem não gostei... cruzei-me com elas as vezes que (não) desejei... gostei de mais de algumas...
Nem sempre tive tempo para mim...
Ouvi, repetidamente, músicas com que me identifiquei...

Adiei leituras, acumulei papéis e recordações, algumas aparentemente insignificantes...
Coloquei dúvidas antigas na gaveta do esquecimento, umas permaneceram outras surgiram entretanto... bem como algumas certezas... 365 cheios de tudo e nada!

terça-feira, 10 de junho de 2008



Por vezes as pessoas sentem a necessidade de se afastarem apenas para ver se alguém se importa o suficiente para as seguir... Valerá a pena?!

segunda-feira, 9 de junho de 2008

domingo, 9 de março de 2008

Ao princípio não havia caminhos...



Ao princípio não havia caminhos.
Nem veredas.
Nem atalhos.
Eram só montes. Só pedras. Só cardos.
Só silvas. Só espinhos. Só ouriços. Só matagais.
O HOMEM TENTOU
Tentou sozinho.
Uma vez... Duas vezes... Muitas vezes...
Em vão?
Foi desbravando a floresta.
Foi abrindo uma galeria.
O labirinto foi-se abrindo.
Já conhecia uma passagem.
Nela tinha ele a certeza de passar.
Pisou-a muitas vezes.
Foi-a calcorreando.
Cada vez se abria mais a clareira que abrira.
Passou muitas vezes.
Pacificamente.
Com firmeza.
Cortou as silvas, tirou as pedras.
ABRIU CAMINHO.
Passou sozinho.
O caminho ainda não era largo para todos.
Tentou passar acompanhado e conseguiu muito a custo.
Tentou abrir mais. Passou mais de uma vez.
Pára e vê o caminho que ele abriu.
Pensa no que lhe disseram e aprendeu sozinho:
CAMINHANTE, NÃO HÁ CAMINHO, FAZ-SE O CAMINHO A ANDAR!
Passaram muitos.
Passaram todos...
Ao fim, todos eram um caminho.
Um caminho que se pisa e não se esquece.

Hélder Ribeiro, in Tempo Livre

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

(Bem) na minha mão...




"...Enquanto vergo, não parto
Enquanto choro, não seco
Enquanto vivo, não corro
À procura do que é certo

Presa por um fio
Na vertigem do vazio
Que escorrega entre os dedos
Preso em duas mãos
Que o futuro é mais
O presente coerente na razão
Frases feitas são reféns da pulsação..."


SUSANA FÉLIX


sábado, 9 de fevereiro de 2008

(entre)laços

(entre)laços, Foto de Maria São Miguel

Hoje, no meu percurso de todos os dias, cruzei-me com uma senhora, de alguma idade, que vive na mesma rua que eu, e que conheci num dia em que me confundiu com outra pessoa daqui...

Quando lhe perguntei como estava, vi no rosto dela que alguma coisa a perturbava. Ela contou-me que esta manhã tinha sido hospitalizado um vizinho "nosso", que estava bastante doente, e que possivelmente já não regressaria mais.

As lágrimas rolavam-lhe pela rosto e as palavras sofridas que pronunciava evidenciavam claramente um grande afecto que com a conversa foi desvendando.

Tinham nascido, crescido e vivido toda uma vida muito próximos. Viram os filhos crescer juntos, em saudável convivência e agora que estavam mais velhos eram uma companhia, mútua, que não dispensavam. Para ela, pensar que não o voltaria a ver era, sem margem para dúvidas, sinónimo de dor, de perda, como se de um familiar se tratasse, afinal de contas há laços que se criam tão ou mais fortes que os de sangue.

Admito que não fiquei indiferente a toda esta situação (quem ficaria?) embora conheça mal esta senhora.

Passei o resto do dia a pensar no assunto...nos laços que se criam ao longo da vida e que, com o passar do tempo, deveriam ser cada vez mais fortes... e não consegui evitar que a tristeza se apoderasse deste meu pensamento.
Como poderei criar laços tão fortes se ontem estive num sítio mas hoje estou noutro e possivelmente num futuro próximo já tenha passado por mais uns três ou quatro? As pessoas que conheci outrora, e que considero amigos insubstituíveis, estão hoje longe de mim... e que por mais que queiramos estreitar a distância que nos separa, mais dia menos dia o contacto acabará por se tornar meramente pontual.
E daqui a uns anos?
Será que terei, finalmente, criado raízes num lugar, ter amigos na mesma rua onde moro? Poder partilhar as alegrias e as tristezas? Ver os filhos crescerem em conjunto, e continuarmos a alimentar a amizade de já alguns anos, mesmo que o tempo passe por nós e deixe a sua marca?
Algum dia estarei triste porque um amigo de longa data, que sempre esteve próximo de mim, partiu? E sentirei a mesma tristeza que esta senhora alberga no seu velho coração cansado de algumas perdas já vividas? Ou será este episódio o passado, destes senhores de alguma idade, que jamais será o nosso passado?

(...porque o tempo que vivemos não deixa que as nossas vidas se entrelacem, por mais do que breves momentos...)





domingo, 13 de janeiro de 2008

Não acabou...

"Apoio adiado", de José Almeida


Embora aparentemente abandonado, este meu cantinho está apenas a aguardar a minha chegada... Estou em viagem, tentando fazer um balanço daquilo que fui, do que sou e daquilo que quero ser no futuro!
Enquanto algumas coisas parecem estar bem, outras terão de ser mudadas...e preciso de reunir forças para MUDAR...

Espero voltar em breve...

quarta-feira, 17 de outubro de 2007


Histórias de Cabeceira e Outras Claustrofobias (Foto de Armindo Dias)


"Morre lentamente quem não viaja, quem não lê,
quem não ouve música, quem destrói o seu amor-próprio, não se deixa ajudar... Morre lentamente quem se transforma escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca, não arrisca vestir uma nova cor, não conversa com quem não conhece. Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o preto no branco e os pontos nos is, a um turbilhão de emoções indomáveis, justamente as que resgatam brilho nos olhos, sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos... Morre lentamente, quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho, quem não se permite uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos. Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da chuva incessante, desistindo de um projecto antes de iniciá-lo, não perguntando sobre um assunto que desconhece e não respondendo quando lhe indagam o que sabe. Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples acto de respirar. Somente a perseverança fará com que conquistemos um estádio esplêndido de felicidade."


Pablo Neruda

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

domingo, 7 de outubro de 2007

Canção simples...



...Vem quebrar o medo, vem
Saber se há depois
E sentir que somos dois
Mas que juntos somos mais...

Quero ser razão para seres maior
Quero-te oferecer o meu melhor...

Fazes muito mais que o sol...


Tiago Bettencourt

Boa sorte...



Vanessa da Mata & Ben Harper

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Esquecimento, de Cláudio de Sousa





terça-feira, 11 de setembro de 2007


Tenho a vida de pernas para o ar...
e aqui continuo...impotente, à espera de respostas que tardam!

Sinto-me angustiada, ansiosa e a explodir de insegurança

E o tempo que teima em não passar... Quanto mais terei eu de esperar?

domingo, 2 de setembro de 2007

Incerteza


Ainda pior que a convicção do não, e a incerteza do talvez, é a desilusão de um quase!
É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo o que poderia ter sido e não foi.
Quem quase ganhou, ainda joga; quem quase passou, ainda estuda; quem quase amou, não amou!
Basta pensar nas oportunidades que se escaparam pelos dedos, nas oportunidades que se perdem por medo, nas ideias que nunca sairão do papel, por causa dessa maldita mania de viver no Outono.

Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna. A resposta eu sei de cor, está estampada na distância e na frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "bom dia", quase que sussurrados.
Sobra covardia e falta coragem até para ser feliz. A paixão queima; o amor enlouquece; o desejo trai. Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor. Mas não são.
Se a virtude estivesse mesmo no meio-termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza.
O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.
Preferir a derrota prévia à dúvida da vitória e desperdiçar a oportunidade de merecer. Para os erros há perdão; para os fracassos, oportunidade; para os amores impossíveis, tempo.
De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor, não e romance.

Não deixes que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfia do destino e acredita em ti.
Gasta mais horas realizando, que sonhando...
Fazendo, que planeando...
Vivendo, que esperando...
Porque, embora quem quase morreu esteja vivo, quem quase vive, já morreu...”


Texto de Luís Fernando Veríssimo

sábado, 1 de setembro de 2007

domingo, 26 de agosto de 2007

Mundo ao contrário...


Visagem, de Karina (em: www.olhares.com)


"Num mundo que parece tão virado do avesso, penso que só não nos sentimos perdidos se, em tudo o que fazemos, procuramos olhar para mais alto e mais longe.
Acredito que, assim, poderemos ser iluminados pela luz que brilha no nosso interior também quando todas as luzes exteriores estiverem apagadas. Sentir-nos acompanhados, acarinhados e amados mesmo que ninguém nos acarinhe nem ame..."

M.J.C.F., Mais e Melhor, 2003

A caminhar para a recta final...





"Quando algum tempo acaba,
é porque outro está pronto para começar..."

M.J.C.F.

(Foto:Os sonhos não têm fim, de Jovelino Matos Almeida)

quinta-feira, 16 de agosto de 2007


















Mudam os tempos
E as vontades
Mudam os ventos, pensamentos e vaidades

Tudo passou
Quase esqueceu

E o que ficou, marcas deixou do que morreu

Outros Ventos, TRIBUTO

Foto:
Marcas na Areia, de Jovino C. Batista (in: www.olhares.com)

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

terça-feira, 31 de julho de 2007


ConfuZoom, foto de António V. R. (in: www.1000imagens.com)


As relações humanas são como pinturas abstractas.
São coloridas, dinâmicas, inspiradoras...
Contudo, nunca sabemos ao certo qual o seu real significado.
Nunca temos a certeza se a outra pessoa a encara e interpreta de forma similar.
Nunca temos a certeza se aquilo que estamos a ver é mesmo aquilo que pensamos.

Não será isso que tornará tudo bem mais interessante nas nossas vidas?

domingo, 29 de julho de 2007


"If you really want to touch someone, send them a letter."


sábado, 28 de julho de 2007

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Indecisões

(Foto de Ricardo Tavares, in: www.olhares.com)

Mais uma vez as indecisões perseguem-me, sussuram-me ao ouvido várias hipóteses,
vários caminhos passíveis de serem percorridos...

Que hei-de eu fazer...
Se ao mesmo tempo que te procuro, desejo não te encontrar?

Que hei-de eu fazer...
Se, por um lado, te desejo e por outro te quero afastar da minha vida?
E quando me apetecia avançar, dou por mim a dar dois passos para trás?

Que hei-de eu fazer...
Se metade de mim te quer e a outra pede-me para não te querer?










quarta-feira, 4 de julho de 2007

Caranguejo


O 4º signo do Zodíaco

Elemento: Água, Cardinal
Planeta Regente: Lua
Príncipio: Passivo
Parte do corpo: Peito, Estômago
Estação do ano: Começo do Verão no hemisfério norte e começo do Inverno no hemisfério sul
Incensos: Alfazema e Violeta
Pedras: Turquesa
Dia: Segunda
Metal: Prata
Côr: Prateada

Personalidade do Caranguejo: "Amem-me"

Os Caranguejos querem proteger e salvar o mundo. Não se metam com eles, são ferozes. Defendem os seus direitos, e os direitos dos seus amigos, a qualquer custo. Homens ou mulheres, os Caranguejos são "mães". Caranguejo é o signo de casa, mãe e tarte de maçã. Os Caranguejos são intuitivos (até psíquicos) e utilizam as suas emoções como um conjunto de roupa. São regidos pela Lua. A disposição de um Caranguejo muda como uma vela que se derrete e se devanece. Riem num minuto e no outro estão a chorar e sentimentais. Nunca sugira a um Caranguejo que se livre das coisas que estão no sótão há décadas, porque lá dentro está o resto de tecido que a avó utilizou para fazer o seu vestido de casamento. Não tem sentimentos pela História? Os Caranguejos adoram História, e lembram-se de tudo. Pergunte-lhes sobre o seu primeiro dia de escola (se tiver muito tempo a dispender), e eles lembrar-se-ão de todos os detalhes, até às pequenas meias que usaram e do momento em que as suas mães realmente os deixaram lá. Os Caranguejos têm uma ligação especial com as suas mães. O facto de a mãe o ter deixado sozinho na escola pode ser a razão de ser tão emotivo e sensível actualmente.

AMIZADE
Um amigo em dificuldades é realmente um amigo. Os Caranguejos virão sempre em nosso auxílio. Não conseguem dizer não, mesmo se fôr para carregar 100 quilos através do deserto. Eles ajudam os seus amigos, mas isso é só porque se preocupam demasiado. Todos deveriam ter um ou dois amigos Caranguejo. Em retorno, os Caranguejos esperam que os seus amigos estejam lá quando a sua depressão os atingir. Se não estivermos por perto quando eles precisam, sentir-se-ão pessoalmente rejeitados.

AMOR
Os Caranguejos casam para a vida. O seu instinto natural é ter filhos, muitos filhos, portanto o casamento é mesmo importante. No vosso primeiro encontro, o Caranguejo perguntar-lhe-á se preferem casamentos de Junho ou Dezembro. Os Caranguejos são engraçados e sensuais. Mas retiram-se para as suas carapaças e atingem com as suas garras quando se sentem injuriados (e eles sentem mais do que qualquer outro). Precisam de ser o Número 1. Trate-os com gentileza. São mansinhos quando se trata de amor.

segunda-feira, 2 de julho de 2007


Continuo numa busca desenfreada por palavras,
mesmo que me digas que "o essencial é invisível aos olhos"
Mas isso parece não chegar para perceber o que está a acontecer!

Continuo...

Secretamente, à espera de um gesto
...de um sinal
Secretamente, tentando saber se dás por mim afinal
Secretamente, à procura de um toque...de um olhar
Secretamente, tentando saber se algum dia os nossos mundos se irão cruzar...


Rita Guerra

domingo, 1 de julho de 2007

No silêncio da noite...

, de José Manuel Carvalho (in: www.1000imagens.com)


Embalo sonhos...Mascaro saudades...
Acrescento ainda mais a longa lista de dúvidas
Questiono as minhas poucas verdades
E no final...
Continua tudo por explicar...


quinta-feira, 28 de junho de 2007

terça-feira, 19 de junho de 2007

sábado, 9 de junho de 2007