[foto retirada daqui]
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
É estranho não é?
[foto retirada daqui]
Porque nos sentimos mais à-vontade para desabafar com pessoas que mal conhecemos mas pelas quais nutrimos alguma empatia?
É certo que também o fazemos com os amigos. Não com todos. Apenas com um ou dois que quase nos conhecem tão bem quanto nós. Mas na verdade, ao sentirmos a inexistência de laços afetivos, libertamo-nos de outra forma, diria eu mais espontaneamente. Não deixa de ser estranho confiarmos algumas das nossas fraquezas, dúvidas ou dificuldades com pessoas que mal conhecemos.
Após alguma reflexão só consegui encontrar uma quase-explicação para tal facto: sentir-nos-emos mais seguros se confiarmos o lado mais frágil do nosso eu a quem, diariamente, não se cruza connosco do que com quem se convive com frequência. Há que reconhecer que nos é bem mais vantajoso que este último grupo apenas conheça o melhor de nós - a nossa (quase sempre) boa auto-estima e optimismo, as nossas habilidades e conquistas e, também o nosso carisma e alegria de quem está de bem com a vida.
Mas depois há o outro lado, aquele que queremos esconder a todo o custo porque, como humanos que somos, sabemos que este mundo não é para os fracos, não é deles que reza a história e quem não quer fazer parte da história?
Contudo, nem sempre esse nosso lado mais cinzento (chamemos-lhe assim!) permanece mergulhado; há momentos em que teima mostrar-se! E é sobretudo nestas ocasiões que simpáticos estranhos são sempre bem-vindos para que possamos traduzir por palavras e "smiles" o que nos belisca a tranquilidade.
Nesses momentos o desconhecido é um lugar seguro, um refúgio que nos leva a ver a nossa própria vida na perspetiva desprendida e curiosa de um turista.
Não precisaremos de momentos assim para encontrarmos um equilíbrio?
Não serão momentos de puro egoísmo? Por precisarmos que gente desconhecida nos ouça para que consigamos estabelecer um diálogo connosco próprios?
Sejam quais forem os mecanismos do nosso sub-consciente que nos impelem para (re)agir assim não deixa de ser estranho, não é?
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012
A propósito do Carnaval
[foto retirada daqui]
Mais um Carnaval se sumiu por entre a alegria e energia dos muitos foliões. Não me sinto parte integrante desse grupo que pensa milimetricamente na fantasia que sairá à rua, muitas das vezes arriscando uma constipação/gripe.
Mesmo assim não critico até porque no Carnaval não se deve levar a mal, embora algumas coisas que vejo por aí me façam alguma confusão como é o caso de se sambar em trajes menores em pleno Fevereiro... mas isso são outras conversas...).
Recordo-me que quando era miúda gostava de poder vestir personagens do meu imaginário e experimentar a pele de profissões que eu apreciava. Nessas aventuras sempre tive a preciosa colaboração de uma tia costureira que alinhava na brincadeira e me fazia sonhar com a indumentária criada para o efeito.
Essa magia do Carnaval foi-me fugindo pelas mãos do tempo como se de areia se tratasse. Agora percebo que há outra forma de perpetuar essa magia e que não se limita aos três (ou alguns mais) dias de Carnaval. Falo da escrita e da liberdade que o ato de escrever me proporciona. Através dele personagens ganham vida, emoções e tornam-se principais em enredos tecidos pela minha imaginação. É neste mundo que me refugio sempre que o meu cérebro começa a ficar preso a rotinas do dia-a-dia e eu entediada com tal facto. É sobretudo nesses momentos que escrevo e entro no mundo ilimitado das histórias imaginadas.
Em relação ao Carnaval... talvez o viva novamente na cidade das gôndolas... quem sabe um dia, em Veneza... :)
terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012
(Im)Possível?
"Olha para as tuas mãos, imagina tudo aquilo que elas serão capazes de construir.
O mundo espera pelo invisível que, hoje, só tu és capaz de ver.
Existe música por nascer no interior do silêncio.
O possível é o futuro do impossível..."
José Luís Peixoto
terça-feira, 7 de fevereiro de 2012
Segue o teu destino
[foto retirada daqui]
Segue o teu destino,
Rega as tuas plantas,
Ama as tuas rosas.
O resto é a sombra
De árvores alheias.
A realidade
Sempre é maios ou menos
Do que nós queremos.
Só nós somos sempre
Iguais a nós própios.
Suave é viver só
Grande e nobre é sempre
Viver simplesmente.
Deixa a dor nas aras
Como ex-voto aos deuses.
Rega as tuas plantas,
Ama as tuas rosas.
O resto é a sombra
De árvores alheias.
A realidade
Sempre é maios ou menos
Do que nós queremos.
Só nós somos sempre
Iguais a nós própios.
Suave é viver só
Grande e nobre é sempre
Viver simplesmente.
Deixa a dor nas aras
Como ex-voto aos deuses.
Ricardo Reis
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
Pedro Abrunhosa
- Pedro Abrunhosa, o que se esconde por detrás dos óculos?
*
- Os olhos são iguais... O olhar, uma ferramenta... O meu olhar é o que eu escrevo, é a minha música.
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
Escrever
[foto retirada daqui]
Gosto de escrever. Sempre gostei. Basta recuar à infância e me reconhecer como aprendiz de letras para o constatar.
Os meus pais lamentavam a quantidade de papel gasto
com composições ou meros resumos - incompletos, intermináveis ou apenas
esquecidos.
Na verdade, gosto do ato de escrever, de recorrer
às palavras para verbalizar o pensamento. Para expressar sentimentos e
emoções ou simplesmente eternizar histórias minhas, dos outros e, ainda,
as que se concretizam pelas mãos da imaginação.
Quase de forma viciada, dou por mim a apontar
frases que ouço ou leio por aí, num caderninho que sempre me acompanha para
onde quer que vá. E mais do que registar o que me agrada aos sentidos é o
próprio ato de juntar palavras e frases..
Confirma-se: continuo a ter maior facilidade em encarar uma folha em
branco de um caderno pautado do que uma página Word, com um cursor a piscar
incessantemente. Sabe-me sempre bem poder reler o que escrevo e saborear-lhe o
sentimento que pulsa nas entrelinhas.
[Desculpem-me os ambientalistas, os defensores da
sustentabilidade e as próprias árvores que deixarão de receber o sol,
para satisfazer este meu pequeno capricho...]
terça-feira, 17 de janeiro de 2012
quinta-feira, 12 de janeiro de 2012
Primavera
Sábado à noite não sou tão só
Somente só, a sós contigo assim
E sei dos teus erros, os meus e os teus
Os teus e os meus amores que não conheci
Parasse a vida um passo atrás
Quis-me capaz dos erros renascer em ti
E se inventado, o teu sorriso for
Fui inventor
Criei o paraíso assim
Algo me diz que há mais amor aqui
Lá fora só menti
Eu já fui de cool por aí
Somente só, só minto só
Hei-de te amar, ou então hei-de chorar por ti
Mesmo assim, quero ver-te sorrir...
E se perder, vou tentar esquecer-me de vez, conto até três
Se quiser ser feliz...
Se há tulipas no teu jardim
Serei o chão e a água que da chuva cai
Para te fazer crescer em flor, tão viva a cor
Meu amor eu sou tudo aqui...
Sábado à noite não sou tão só
Somente só, a sós contigo assim
Não sou tão só, somente só...
(The Gift)
Somente só, a sós contigo assim
E sei dos teus erros, os meus e os teus
Os teus e os meus amores que não conheci
Parasse a vida um passo atrás
Quis-me capaz dos erros renascer em ti
E se inventado, o teu sorriso for
Fui inventor
Criei o paraíso assim
Algo me diz que há mais amor aqui
Lá fora só menti
Eu já fui de cool por aí
Somente só, só minto só
Hei-de te amar, ou então hei-de chorar por ti
Mesmo assim, quero ver-te sorrir...
E se perder, vou tentar esquecer-me de vez, conto até três
Se quiser ser feliz...
Se há tulipas no teu jardim
Serei o chão e a água que da chuva cai
Para te fazer crescer em flor, tão viva a cor
Meu amor eu sou tudo aqui...
Sábado à noite não sou tão só
Somente só, a sós contigo assim
Não sou tão só, somente só...
(The Gift)
quarta-feira, 11 de janeiro de 2012
terça-feira, 10 de janeiro de 2012
S. Gonçalinho: chovem cavacas em Aveiro
No bairro piscatório da Beira-Mar, em Aveiro, as redes lançam-se ao céu e não ao mar, para aparar cavacas doces que pagam promessas a S. Gonçalinho e são atiradas por devotos do alto da capela.
Desde sexta-feira que a sineta do templo toca a avisar o povo de que são lançadas as cavacas lá de cima, para os incautos se protegerem porque o doce é duro, mas sobretudo para que centenas de "pescadores do ar" ergam as nassas ou camaroeiros, disputando com perícia o doce, numa "faina" digna de se ver, num ritual secular que se repete a 10 de Janeiro de cada ano e no fim-de-semana que antecede a data.
Na pequena capela do bairro típico da Beira-Mar, o "mais cagaréu" dos santos de Aveiro presenteia quantos se juntam no adro com cavacas lançadas em cumprimento de promessas feitas para que exercesse a sua santa interferência em dificuldades mais ou menos íntimas. Cá em baixo, ao toque da sineta, junta-se povo de todas as idades, munido de paus com sacos de rede na ponta ou guarda-chuvas invertidos, para agarrar o máximo de cavacas. O espectáculo é ímpar e mais parece pertencer aos modernos "jogos sem fronteiras" do que a um ritual de devoção secular.
S. Gonçalinho é tido como milagreiro a tratar dos problemas conjugais de vária índole, ou mesmo a melhorar as "performances" de sedução. Na atmosfera intimista do pequeno templo hexagonal, os crentes consultam o santo sobre as suas preocupações mais privadas e a tradição dá-lhe fama de ser eficaz conselheiro matrimonial.
A consulta, paga na promessa de lançar do alto da Igreja uns quantos quilos daquele doce típico, nem sai cara, quando comparada com os gordos dízimos deixados nos modernos consultórios de especialistas menos reputados.
Não há caso que meta medo a S. Gonçalinho, desde a frigidez à impotência, da infertilidade aos problemas ósseos, chegando mesmo a prescrever remédio para o envelhecimento. Mesmo sem cirurgias plásticas, os ditames populares garantem que até para velhas que se sintam sozinhas arranja parceiro. Rezam as crónicas que S. Gonçalinho não fia, nem admite avarezas. Aquele que não cumprir tem de se haver com a ira do santo.
Fonte: O Público
segunda-feira, 9 de janeiro de 2012
A respeito das pessoas
[foto retirada daqui]
Diz-se que há pessoas interessantes, interessadas e interesseiras. E também as há desinteressantes e desinteressadas e são estas que eu dispensava conhecer!
Não é menos verdade que são apreciações muito subjectivas, afinal de contas é-nos interessante aquilo que nos toca positivamente, nos transforma e nos faz bem, que nos dá vontade de agarrar, de conhecer mais, de ver melhor, de saborear devagar como se essas fossem as únicas formas de eternizar a sua presença na nossa vida!
Mas há pessoas desinteressantes e desinteressadas e eu ainda não as consegui perceber (e juro que tenho tentado!): passam pela vida como se a pisar um linha contínua, sem qualquer oscilação de ritmo e não parecem sentir-se minimamente tentadas a sairem dessa linha de quietude. Só vão até onde lhes é pedido, como se fossem desprovidas de vontade própria.
Não são curiosas. São pouco receptivas a novas experiências, aliás, em muitos casos até são intencionalmente "do contra". Criticam os mais ousados, os sonhadores, os aventureiros, os optimistas inveterados que, segundo eles, são loucos e inconscientes.
Se lhes perguntarmos o que querem da vida, não são capazes de formular uma resposta que vá além de um simples encolher de ombros. Preferem ficar do lado de cá ou simplesmente lançarem-se ao sabor da corrente, do que se esforçarem para chegar à outra margem.
Para estes, os dias pintam-se em tons de cinzento e consomem-se, uns atrás dos outros, como fósforos que se queimam lentamente e que se reduzem a pouco (ou muito pouco!).
Não é menos verdade que são apreciações muito subjectivas, afinal de contas é-nos interessante aquilo que nos toca positivamente, nos transforma e nos faz bem, que nos dá vontade de agarrar, de conhecer mais, de ver melhor, de saborear devagar como se essas fossem as únicas formas de eternizar a sua presença na nossa vida!
Mas há pessoas desinteressantes e desinteressadas e eu ainda não as consegui perceber (e juro que tenho tentado!): passam pela vida como se a pisar um linha contínua, sem qualquer oscilação de ritmo e não parecem sentir-se minimamente tentadas a sairem dessa linha de quietude. Só vão até onde lhes é pedido, como se fossem desprovidas de vontade própria.
Não são curiosas. São pouco receptivas a novas experiências, aliás, em muitos casos até são intencionalmente "do contra". Criticam os mais ousados, os sonhadores, os aventureiros, os optimistas inveterados que, segundo eles, são loucos e inconscientes.
Se lhes perguntarmos o que querem da vida, não são capazes de formular uma resposta que vá além de um simples encolher de ombros. Preferem ficar do lado de cá ou simplesmente lançarem-se ao sabor da corrente, do que se esforçarem para chegar à outra margem.
Para estes, os dias pintam-se em tons de cinzento e consomem-se, uns atrás dos outros, como fósforos que se queimam lentamente e que se reduzem a pouco (ou muito pouco!).
domingo, 8 de janeiro de 2012
A transformação
[foto retirada daqui]
"O encontro de duas personalidades assemelha-se ao contacto de duas substâncias químicas: se alguma reacção ocorre, ambos sofrem uma transformação."
Carl Gustav Jung
quinta-feira, 5 de janeiro de 2012
Simplificar
[foto retirada daqui]
As coisas simples são sem dúvida o melhor da nossa vida
Mas complicamos tanto que ela fica sem saída...
...
Emoções puras, coisas simples, boas vibrações
Simplifica os sentimentos, momentos e relações
Vamos celebrar a vida, não nos faltam razões
Não existem problemas, só existem soluções!
Outro Nível, Da Weasel
Mas complicamos tanto que ela fica sem saída...
...
Emoções puras, coisas simples, boas vibrações
Simplifica os sentimentos, momentos e relações
Vamos celebrar a vida, não nos faltam razões
Não existem problemas, só existem soluções!
Outro Nível, Da Weasel
quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
O Fado das Borboletas do Estômago
[foto retirada daqui]
O meu amor tem um sol no olhar
E qunado olha para mim, eu começo a escutar
O fado das borboletas que de dentro desfazem os nós da garganta
E como cometas vão ardendo, explodem-me na voz que canta
E cá fora livre e a voar o fado vai-te desenhar
O amor que tenho para te dar
O meu amor tem braços de mar
E quando me abraça a mim, eu começo a escutar
O fado das borboletas que de dentro desfazem os nós da garganta
E como cometas vão ardendo, explodem-me na voz que canta
E cá fora livre e a voar o fado vai-te desenhar
O amor que tenho para te dar
O meu amor tem lábios de açúcar
E quando me beija a mim eu começo a escutar
O fado das borboletas que de dentro desfazem os nós da garganta
E como cometas vão ardendo, explodem-me na voz que canta
E cá fora livre e a voar o fado vai-te desenhar
O amor que tenho para te dar
O Fado das Borboletas do Estômago by Frederico M.
[Tema original do projecto musical 'FADO MADRINHO', de Angra do Heroísmo - Terceira - Açores]
segunda-feira, 2 de janeiro de 2012
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