O acaso é um grande fazedor de destinos...
domingo, 30 de maio de 2010
quinta-feira, 27 de maio de 2010
quinta-feira, 13 de maio de 2010
sábado, 24 de abril de 2010
Amigo é um termo dúbio
Ontem as águas estavam serenas, mantinham a distância certa
Éramos cúmplices apenas sem ter o coração alerta
Amigo era um sentimento sem fazer calor nem frio
Tudo entre nós era simples como as coisas em pousio
Foi qualquer gesto que fizeste, qualquer coisa que disseste
Que mudou a situação
... Cada olhar, cada risada é um terreno movediço
Amigo é um termo dúbio
Desses que a língua contém
Vê-se a linha de fronteira
Dá-se um passo e está-se em terra de ninguém...
Adaptado de "Amiga é um termo dúbio", de Rui Veloso
quinta-feira, 15 de abril de 2010
terça-feira, 30 de março de 2010
O que eu desejo ainda não tem nome...

" Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido.
Eu não quero uma verdade inventada. Suponho que me entender não é uma questão de inteligência mas sim de sentir, de entrar em contacto...
O que verdadeiramente somos é aquilo que o impossível cria em nós.
É difícil perder-me. É tão difícil que provavelmente arrumarei depressa um modo de me achar, mesmo que achar-me seja de novo a mentira de que vivo.
Sim, minha força está na solidão. Não tenho medo de chuvas tempestivas, nem das grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite."
Eu não quero uma verdade inventada. Suponho que me entender não é uma questão de inteligência mas sim de sentir, de entrar em contacto...
O que verdadeiramente somos é aquilo que o impossível cria em nós.
É difícil perder-me. É tão difícil que provavelmente arrumarei depressa um modo de me achar, mesmo que achar-me seja de novo a mentira de que vivo.
Sim, minha força está na solidão. Não tenho medo de chuvas tempestivas, nem das grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite."
Clarice Lispector
Feliz aniversário amigo!

Parabéns menino E., hoje é o teu dia!
E é uma boa oportunidade a aproveitar para te dizer que...
Amanhã, depois de amanhã, e nos dias que se seguirão também serão teus na busca da merecida felicidade;
Espero continuar a ter o privilégio de ter-te por perto para partilhar alegrias e puxar-te para cima nos dias menos bons, desabafar, ensinar e aprender contigo!
Porque há pessoas que aparecem, quase que por acaso, nas nossas vidas mas não é por acaso que permanecem!
E é uma boa oportunidade a aproveitar para te dizer que...
Amanhã, depois de amanhã, e nos dias que se seguirão também serão teus na busca da merecida felicidade;
Espero continuar a ter o privilégio de ter-te por perto para partilhar alegrias e puxar-te para cima nos dias menos bons, desabafar, ensinar e aprender contigo!
Porque há pessoas que aparecem, quase que por acaso, nas nossas vidas mas não é por acaso que permanecem!
terça-feira, 23 de março de 2010
Constatação
Nascemos todos com vontade de amar.
Ser amado é secundário. Prejudica o amor que muitas vezes o antecede. Um amor que não pode pertencer a duas pessoas, por muito que o queiramos. Cada um tem o amor que tem, fora dele. É esse afastamento que nos magoa, que nos põe doidos, sempre à procura do eco que não vem. Os que vêm são sempre bem-vindos, às vezes, mas não são o que queremos. Quando somos honestos, ou estamos apaixonados, é apenas um que se pretende.
Tenho a certeza que não se pode ter o que se ama. Ser amado não corresponde jamais ao amor que temos, porque não nos pertence. Por isso escrevemos romances - porque ninguém acredita neles, excepto quem os escreve.
Viver é outra coisa. Amar e ser amado distrai-nos irremediavelmente. O amor apouca-se e perde-se quando se dá aos dias e às pessoas. Traduz-se e deixa de ser o que é. Só na solidão permanece. (...)
Tenho o meu amor, como toda a gente, mas não o usei. Tenho também a minha história, mas não a contei...
Ser amado é secundário. Prejudica o amor que muitas vezes o antecede. Um amor que não pode pertencer a duas pessoas, por muito que o queiramos. Cada um tem o amor que tem, fora dele. É esse afastamento que nos magoa, que nos põe doidos, sempre à procura do eco que não vem. Os que vêm são sempre bem-vindos, às vezes, mas não são o que queremos. Quando somos honestos, ou estamos apaixonados, é apenas um que se pretende.
Tenho a certeza que não se pode ter o que se ama. Ser amado não corresponde jamais ao amor que temos, porque não nos pertence. Por isso escrevemos romances - porque ninguém acredita neles, excepto quem os escreve.
Viver é outra coisa. Amar e ser amado distrai-nos irremediavelmente. O amor apouca-se e perde-se quando se dá aos dias e às pessoas. Traduz-se e deixa de ser o que é. Só na solidão permanece. (...)
Tenho o meu amor, como toda a gente, mas não o usei. Tenho também a minha história, mas não a contei...
Miguel Sousa Tavares
domingo, 21 de março de 2010
Chegada da Primavera
Por aí, um pouco por toda a parte, começam a surgir os primeiros sinais da chegada da Primavera!
Com ela chegam os dias mais solarengos, os finais de tarde que não convidam a regressar logo a casa (felizmente!), as roupas mais leves e coloridas (os acessórios mais arrojados e vistosos!!), as actividades ao ar livre, as esplanadas, as viagens ao fim-de-semana (menos vezes adiadas pelo mau tempo!). Os campos inundam-se de flores (de todos as cores e feitios), e regressam os frutos da época (as ameixas e os damascos; os pêssegos e as cerejas também não demorarão muito...).
Com a Primavera fica a faltar cada vez menos tempo para obter resultados, cumprir objectivos, ir de férias, rever-vos... E para as noites quentes, as gargalhadas acompanhadas de caipirinhas e morangoskas, o deitar cada vez mais tarde e acordar cedo com o sol a bater no rosto(dando os bons-dias e a não dar hipótese de começar o dia com mau humor!).
A Primavera anuncia o renascer da Natureza, o fim do Inverno e dos dias cinzentões, frios e chuvosos...
E imperativo deixarmo-nos contagear por toda a sua cor e harmonia! Iluminarmo-nos e Renovarmo-nos por Fora e (sobretudo) por Dentro! E (re)nascer, porque não?!
quarta-feira, 17 de março de 2010
O futuro é inventado pelo homem
"Temos de descobrir em cada obra este centro, o mais profundo do homem, em que a ciência e poesia são apenas um, são só um acto: o acto da criação continuada do homem, resolutamente orientado para a invenção do futuro.
(...) O futuro, não o descobrimos como Cristóvão Colombo descobriu a América. Não temos que descobri-lo, temos que o inventar. (...)
O homem só se define pelo seu futuro, pelos seus possíveis. Por ele, toda a realidade nasce de um mar de possíveis. A própria história só pode ser abordada do ponto de vista do futuro: não é a realização dum plano divino, nem um amontoado de "dados brutos". Não é a passagem determinista da causa ao efeito, mas sim a passagem finalizada, propriamente humana, do possível para o real.
O homem é olhar em frente, é movimento para diante. Para modificar o mundo: não a predição do futuro, mas sim a invenção do porvir. (...)
A esperança não pode deduzir-se de nenhuma experiência. Pelo contrário, há conflito permanente e necessário entre a experiência e a esperança. Porque a experiência só diz respeito ao passado e ao presente. A esperança é a antecipação militante do futuro. O homem nasce com o aparecimento do projecto. Contrariamente às outras espécies animais, accionadas por impulsos instintivos do passado, o futuro que o homem concebe exerce uma influência eficaz sobre o presente que por ele é construído."
(...) O futuro, não o descobrimos como Cristóvão Colombo descobriu a América. Não temos que descobri-lo, temos que o inventar. (...)
O homem só se define pelo seu futuro, pelos seus possíveis. Por ele, toda a realidade nasce de um mar de possíveis. A própria história só pode ser abordada do ponto de vista do futuro: não é a realização dum plano divino, nem um amontoado de "dados brutos". Não é a passagem determinista da causa ao efeito, mas sim a passagem finalizada, propriamente humana, do possível para o real.
O homem é olhar em frente, é movimento para diante. Para modificar o mundo: não a predição do futuro, mas sim a invenção do porvir. (...)
A esperança não pode deduzir-se de nenhuma experiência. Pelo contrário, há conflito permanente e necessário entre a experiência e a esperança. Porque a experiência só diz respeito ao passado e ao presente. A esperança é a antecipação militante do futuro. O homem nasce com o aparecimento do projecto. Contrariamente às outras espécies animais, accionadas por impulsos instintivos do passado, o futuro que o homem concebe exerce uma influência eficaz sobre o presente que por ele é construído."
Roger Garaudy, Palavra de homem
domingo, 28 de fevereiro de 2010
Estrela do Mar

"...Não sei se era maior
O desejo ou o espanto
Só sei que por instantes
Deixei de pensar
Uma chama invisível
Incendiou-me o peito
Qualquer coisa impossível
Fez-me acreditar
Em silêncio trocámos
Segredos e abraços
Inscrevemos no espaço
Um novo alfabeto
Já passaram mil anos
Sobre o nosso encontro
Mas mil anos são pouco ou nada
Para a estrela do mar..."
Jorge Palma
sábado, 20 de fevereiro de 2010
terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

"Depois ouvi uma voz... Era apenas a minha própria voz, falando do interior de mim mesma. Mas era a minha voz como antes a ouvira. Era a minha voz, mas perfeitamente sensata, calma e compassiva. Era o tom que a minha voz teria se a minha vida tivesse sido exclusivamente pautada pelo amor e pela certeza."
Elizabeth Gilbert - Comer, Orar, Amar
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
Porquê?!

Porque há pessoas que dão de si (descomprometidamente, sem reservas ou esperar algo em troca)e no final ainda esboçam um sorriso e até piscam o olho... Porque teimamos em responder torto, cerrar os dentes, adoptar uma feição carrancuda para com os outros, como se tivessem conspirado, conjuntamente, contra nós!!
Há que sorrir para os outros (até para a própria vida) e esperar receber sorrisos...:) e se eles nos derem limões, façamos limonada (com muito açúcar!!)
Há que sorrir para os outros (até para a própria vida) e esperar receber sorrisos...:) e se eles nos derem limões, façamos limonada (com muito açúcar!!)
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
Um brinde à Amizade!!!
Hoje, nas nove ilhas do Arquipélago dos Açores, comemora-se o Dia das Amigas. Aqui, só me lembro desse pormenor quando recebo uma mensagem de alguém do outro lado do Atlântico...e, assim, começa, um dia de nostalgia.
Relembro as comemorações de outros tempos, meticulosamente organizadas entre amigas, para que o dia tivesse o brilho merecido, com direito a almoços ou jantares e até mesmo troca de prendinhas... Aqui, desejo um Feliz Dia das Amigas, ano após ano, e explico a origem deste dia. A ideia é acarinhada, embora só nos Açores pareça realmente fazer sentido, mas não vacilo.
É o momento ideal, pelo menos para mim, para relembrar a todas(os) as(os) minhas(meus) amigas(os) o quão importantes são na minha vida. Sinto-me feliz por vos considerar da família, aquela que criei desde que saí de casa, e saber que posso contar convosco para os bons e os maus momentos.
A todos vocês, até mesmo aos que estão mais distantes, o meu muito obrigada por me terem "adoptado", por me ouvirem vezes sem fim, me fazerem sorrir e sentir que não estou só. Por me aconselharem, de partilharem comigo os bons e os maus momentos, me abrirem os olhos ou me estenderem a mão para que me levante após uma queda.
Mesmo que nem sempre nos falemos, tenhamos conhecimento dos últimos acontecimentos das nossas vidas estão todos no meu coração e estou certa que ficarão cá durante muito, muito tempo!!
Hoje, e ano após ano, brindaremos à Amizade pois seria incapaz de sobreviver sem vocês!
Relembro as comemorações de outros tempos, meticulosamente organizadas entre amigas, para que o dia tivesse o brilho merecido, com direito a almoços ou jantares e até mesmo troca de prendinhas... Aqui, desejo um Feliz Dia das Amigas, ano após ano, e explico a origem deste dia. A ideia é acarinhada, embora só nos Açores pareça realmente fazer sentido, mas não vacilo.
É o momento ideal, pelo menos para mim, para relembrar a todas(os) as(os) minhas(meus) amigas(os) o quão importantes são na minha vida. Sinto-me feliz por vos considerar da família, aquela que criei desde que saí de casa, e saber que posso contar convosco para os bons e os maus momentos.
A todos vocês, até mesmo aos que estão mais distantes, o meu muito obrigada por me terem "adoptado", por me ouvirem vezes sem fim, me fazerem sorrir e sentir que não estou só. Por me aconselharem, de partilharem comigo os bons e os maus momentos, me abrirem os olhos ou me estenderem a mão para que me levante após uma queda.
Mesmo que nem sempre nos falemos, tenhamos conhecimento dos últimos acontecimentos das nossas vidas estão todos no meu coração e estou certa que ficarão cá durante muito, muito tempo!!
Hoje, e ano após ano, brindaremos à Amizade pois seria incapaz de sobreviver sem vocês!
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
terça-feira, 5 de janeiro de 2010
Percursos
Por inúmeras vezes (mais do que aquelas que desejávamos!) somos assombrados por dúvidas que nos parecem arrefecer as convicções!
Ficamos imobilizados pelo medo de estarmos a andar na direcção errada. Olhamos para trás e imaginamos o percurso paralelo. Sentimo-nos numa encruzilhada sem indicação do percurso mais acertado para nós. Corremos para os nossos amigos (das boas e más horas!) e, fragilizados, partilhamos a(s) nossa(s) dúvida(s) existencial(ais). Pedimos-lhes opinião. Ouvimo-los com a máxima atenção. Eliminamos da nossa memória os aspectos menos importantes e sublinhamos as dicas que, a nosso ver, nos serão fundamentais para a decisão final.
Entretanto, ouvimos mais umas opiniões... Reflectimos... Ouvimo-nos a nós mesmos... E voltamos a reflectir....
Finalmente damos um pequeno passo... recuamos dois... damos mais um passo e.... estamos exactamente no ponto de partida mas... com mais dúvidas ainda!
Enquanto andamos nisto, a vida não pára de nos fornecer pistas (muitas delas aparentemente imperceptíveis, sobretudo para os mais distraídos...).
Por fim, acabamos por nos decidirmos por um caminho, mais ou menos confiantes, mais ou menos convencidos de que fizemos a escolha acertada... (o tempo encarregar-se-à de nos dar razão ou criar um atalho...). Saboreamos aquela que consideramos a ultrapassagem do Cabo das Tormentas.
Muitos acabam por passar uma vida iludidos de que foram os comandantes desta caravela dos descobrimentos em terras de incertezas e decisões quando, na verdade,quem tomou o comando foi a própria vida que se esgota nos passos que damos e que não nos deixa encostar à berma e vê-la passar à nossa frente!!!
Ficamos imobilizados pelo medo de estarmos a andar na direcção errada. Olhamos para trás e imaginamos o percurso paralelo. Sentimo-nos numa encruzilhada sem indicação do percurso mais acertado para nós. Corremos para os nossos amigos (das boas e más horas!) e, fragilizados, partilhamos a(s) nossa(s) dúvida(s) existencial(ais). Pedimos-lhes opinião. Ouvimo-los com a máxima atenção. Eliminamos da nossa memória os aspectos menos importantes e sublinhamos as dicas que, a nosso ver, nos serão fundamentais para a decisão final.
Entretanto, ouvimos mais umas opiniões... Reflectimos... Ouvimo-nos a nós mesmos... E voltamos a reflectir....
Finalmente damos um pequeno passo... recuamos dois... damos mais um passo e.... estamos exactamente no ponto de partida mas... com mais dúvidas ainda!
Enquanto andamos nisto, a vida não pára de nos fornecer pistas (muitas delas aparentemente imperceptíveis, sobretudo para os mais distraídos...).
Por fim, acabamos por nos decidirmos por um caminho, mais ou menos confiantes, mais ou menos convencidos de que fizemos a escolha acertada... (o tempo encarregar-se-à de nos dar razão ou criar um atalho...). Saboreamos aquela que consideramos a ultrapassagem do Cabo das Tormentas.
Muitos acabam por passar uma vida iludidos de que foram os comandantes desta caravela dos descobrimentos em terras de incertezas e decisões quando, na verdade,quem tomou o comando foi a própria vida que se esgota nos passos que damos e que não nos deixa encostar à berma e vê-la passar à nossa frente!!!
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