sábado, 17 de dezembro de 2011

Ilhas de Bruma

 [foto retirada daqui]

Ainda sinto os pés no terreiro
Onde os meus avós bailavam o pezinho
A bela Aurora e a Sapateia
É que nas veias corre-me basalto negro
E na lembrança vulcões e terramotos

Por isso é que eu sou das ilhas de bruma

Onde as gaivotas vão beijar a terra

Se no olhar trago a dolência das ondas

O olhar é a doçura das lagoas
É que trago a ternura das hortênsias
No coração a ardência das caldeiras.

Por isso é que eu sou das ilhas de bruma

Onde as gaivotas vão beijar a terra

É que nas veias corre-me basalto negro

No coração a ardência das caldeiras
O mar imenso me enche a alma
E tenho verde, tanto verde a indicar-me a esperança.

José Ferreira

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